15 de mai 2025
Aposentadoria compulsória de juízes gera custo de R$ 60 milhões anuais ao governo
A aposentadoria compulsória de juízes gera um custo anual de R$ 60 milhões, revelando distorções em relação ao INSS.
Foto: Reprodução
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A aposentadoria compulsória de juízes e procuradores, aplicada como punição por mau comportamento, gera um custo de R$ 60 milhões por ano aos cofres públicos. Desde 2006, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou 123 magistrados, sendo 88 deles por sua própria decisão.
Os dados revelam que a aposentadoria compulsória assegura aos afastados uma remuneração vitalícia, mesmo após decisões inadequadas. Essa medida visa garantir a estabilidade nas carreiras, evitando que juízes e procuradores atuem com medo de perder seus salários. Contudo, essa sanção resulta em um modelo que favorece os magistrados.
Enquanto os trabalhadores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) recebem, em média, 60% da média de seus salários, os juízes afastados recebem 100% do maior salário durante sua carreira. Essa discrepância levanta questionamentos sobre a justiça do sistema, com críticas apontando que isso cria uma "aposentadoria por desonestidade".
Pedro Fernando Nery, especialista em políticas públicas, destaca que a fórmula de cálculo para juízes é significativamente mais generosa. Ele observa que, enquanto juízes e desembargadores podem receber valores acima do teto, trabalhadores do INSS enfrentam aposentadorias muito inferiores, com médias de R$ 1.500 na aposentadoria rural.
A situação levanta um debate sobre a necessidade de revisão das regras que regem a aposentadoria compulsória, considerando os altos custos e as desigualdades entre diferentes categorias de trabalhadores.
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