17 de mai 2025
Câmara dos Deputados questiona decisão do STF sobre ação penal de Alexandre Ramagem
Ministro do STF suspende parcialmente ação penal contra Alexandre Ramagem, mantendo investigações por três crimes relacionados a golpe de Estado.
Ministro Alexandre de Moraes em julgamento da denúncia sobre o núcleo 2 da PET 12.100 - Antonio Augusto - 22.abr.2025/STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender parcialmente a ação penal contra Ramagem, mantendo a investigação por três crimes, enquanto a defesa do deputado contesta a decisão, pleiteando a aplicação da imunidade parlamentar.
A Câmara dos Deputados, sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB), havia aprovado a suspensão da ação penal contra Ramagem em 7 de maio de 2025, mas a Primeira Turma do STF derrubou essa medida três dias depois. Moraes, em despacho, destacou que a suspensão se aplica apenas a crimes cometidos após a diplomação do deputado, ocorrida em dezembro de 2022. Assim, Ramagem continua respondendo por associação criminosa armada, golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito.
A defesa de Ramagem apresentou embargos de declaração ao STF, argumentando que o crime de organização criminosa deve ser considerado como permanente, abrangendo o período em que ele já estava diplomado. A expectativa é que o STF analise esses embargos nas próximas sessões. Além disso, a Câmara dos Deputados protocolou uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para tentar reverter a decisão do STF, alegando que a Corte invadiu a competência do Legislativo.
O caso de Ramagem é emblemático, pois envolve não apenas o deputado, mas também outros réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão do STF gerou críticas, com parlamentares afirmando que a Corte está comprometendo a harmonia entre os Poderes. A situação permanece tensa, com desdobramentos que podem impactar a relação entre o Legislativo e o Judiciário nos próximos meses.
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