Carla Zambelli é condenada a 10 anos de prisão por invasão ao CNJ e falsidade ideológica

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. A decisão unânime da Primeira Turma do STF também implicou o hacker Walter Delgatti, que recebeu pena de oito anos e três meses. Zambelli é acusada de ter orientado Delgatti a inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

A defesa de Zambelli, liderada pelo advogado Daniel Bialski, anunciou que solicitará prisão domiciliar devido a problemas de saúde, incluindo depressão e síndrome de Ehlers-Danlos. O advogado argumenta que a parlamentar não representa risco à sociedade, já que não foi presa durante o processo. Ele também afirmou que Zambelli é inocente e que cabem recursos contra a condenação.

O ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro (União-PR), padrinho de casamento de Zambelli, não se manifestou sobre a condenação. Desde o julgamento, Moro não fez comentários nas redes sociais e se recusou a falar sobre o caso quando questionado. A relação entre eles se deteriorou após desentendimentos políticos.

Zambelli, que se destacou no cenário político como uma figura do bolsonarismo, enfrenta desgaste entre aliados e desconfiança após a condenação. Além da pena de prisão, a decisão do STF também a torna inelegível, podendo resultar na perda de seu mandato. A parlamentar foi reeleita em 2022, mas seu futuro político agora está em risco.