Política

Senado debate reforma do Código Civil com mudanças que geram polêmica jurídica

Senado debate reforma do Código Civil, que pode impactar contratos e responsabilidade civil, gerando polêmica entre críticos e defensores.

Podcast Café da Manhã - Reprodução (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

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O Senado brasileiro está debatendo uma proposta de reforma do Código Civil, apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta, que visa modernizar a legislação, inclui temas como novas tecnologias e a união homoafetiva. O projeto altera mais de 1.100 artigos, abrangendo áreas como casamento, herança e contratos.

Críticos da reforma afirmam que a mudança pode aumentar a insegurança jurídica no país. Eles argumentam que o Código Civil atual, em vigor desde dois mil e dois, não necessitava de uma reforma tão abrangente neste momento. Defensores do projeto, por outro lado, destacam a necessidade de atualização para lidar com questões contemporâneas, como a responsabilidade civil em relação a plataformas digitais.

O debate no Senado também envolve a composição de uma comissão especial que analisará a proposta. Pacheco defende que a reforma preenche lacunas da legislação atual e é essencial para o avanço do direito civil no Brasil. Entre as mudanças propostas, está a obrigatoriedade de identificação clara do uso de inteligência artificial em contratos.

Polêmicas e Consequências

A reforma tem gerado polêmica, especialmente em relação a leis recentes sobre juros e seguros. Especialistas alertam que as alterações podem impactar a constitucionalidade de artigos do Marco Civil da Internet, atualmente em análise no Supremo Tribunal Federal (STF). A presidente do Instituto de Estudos Culturalistas, Judith Martins-Costa, criticou a proposta, afirmando que a legislação sobre seguros foi elaborada ao longo de vinte e três anos e não deveria ser alterada de forma tão abrupta.

O relator do anteprojeto, Flávio Tartuce, defendeu a reforma, afirmando que as críticas são desrespeitosas com o trabalho da comissão. Ele ressaltou que a proposta não prevê a criação de novos tipos de danos, mas sim a atualização de conceitos já existentes. Tartuce também mencionou que a função social do contrato já está prevista na versão atual do Código Civil.

A proposta de reforma do Código Civil segue em discussão no Senado, com a expectativa de que as deliberações avancem nas próximas semanas.

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