10 de jun 2025




Bolsonaro pede desculpas a Moraes por declarações em reunião ministerial
Bolsonaro depõe no STF e pede desculpas a Moraes, enquanto ex ajudante revela decreto golpista. O caso avança com novas revelações.
Foto:Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 24 de outubro de 2023, no âmbito da investigação sobre sua suposta participação em uma trama golpista. Durante a audiência, ele pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por críticas feitas em uma reunião ministerial em julho de 2022.
Bolsonaro negou ter realizado ações ilegais e reafirmou seu respeito à Constituição, afirmando que sempre atuou dentro das "quatro linhas" da lei. "Não me viram desrespeitar uma só decisão," declarou. O ex-presidente é um dos réus em um caso que investiga tentativas de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
Acusações e Defesas
O depoimento ocorre em um contexto de graves acusações, incluindo crimes como golpe de Estado e organização criminosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que Bolsonaro liderou uma conspiração que começou em 2021, questionando a confiabilidade das urnas eletrônicas. Após a derrota nas eleições, ele teria articulado um plano para evitar a posse de Lula.
Durante a audiência, Bolsonaro expressou sua intenção de esclarecer os fatos e mencionou que estava "muito feliz" com a oportunidade de depor. Ele também se desculpou por suas declarações anteriores, afirmando que não tinha intenção de ofender Moraes ou outros ministros do STF.
Revelações de Mauro Cid
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que também depôs, afirmou que Bolsonaro editou um decreto golpista, mantendo a prisão de Moraes, mas excluindo outros nomes. Cid destacou que o ex-presidente não aceitava a derrota e buscava indícios de fraudes para anular o resultado eleitoral.
Bolsonaro, por sua vez, minimizou suas ações, classificando-as como "retórica." Ele fez uma piada ao convidar Moraes para ser seu vice em uma possível candidatura em 2026, mesmo diante de sua inelegibilidade. O depoimento de Bolsonaro é parte de um processo que ainda ouvirá outros réus até sexta-feira, 27 de outubro.
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