16 de jun 2025

Fatos continuam a influenciar decisões no campo do Direito brasileiro
Carla Zambelli, condenada a dez anos de prisão por invasão ao CNJ, se exila na Itália após alegar cerceamento de defesa. O caso revela tensões entre verdade e manipulação nas redes sociais.
Carla Zambelli ameaça atirar (Foto: Reprodução)
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Carla Zambelli, deputada federal, foi condenada a dez anos de prisão por liderar uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a condenação, ela deixou o Brasil e se autoexilou na Itália, alegando cerceamento de defesa.
O caso remonta a um episódio de violência em 2022, quando a parlamentar foi flagrada perseguindo o jornalista Luan Araújo com uma arma de fogo. O incidente ocorreu na véspera do segundo turno das eleições, em São Paulo, e gerou indignação pública. Zambelli foi denunciada por porte ilegal de arma e coação, sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, votou pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato. O ministro Alexandre de Moraes destacou que a conduta de Zambelli não tinha justificativa e configurava coação ilegal. As imagens do ataque, compartilhadas por testemunhas, contradisseram a versão da deputada, que alegou ter sido ameaçada.
Condenação e Autoexílio
Além do caso com Araújo, Zambelli foi condenada por orquestrar a invasão aos sistemas do CNJ. O hacker Walter Delgatti, sob suas instruções, inseriu documentos falsos nos sistemas, recebendo pagamento por isso. A Primeira Turma do STF determinou a pena de dez anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato.
Diante da iminência de sua prisão, Zambelli deixou o Brasil e se refugiou na Itália. Em sua defesa, ela alega que seu direito de defesa foi cerceado, embora o STF tenha permitido que ela arrolasse 20 testemunhas em seu favor. A narrativa de perseguição política não se sustentou diante das evidências apresentadas.
O caso de Carla Zambelli ilustra a luta entre a verdade e a manipulação nas redes sociais. Apesar das tentativas de distorcer os fatos, a justiça prevaleceu, reafirmando que a democracia se protege contra abusos e que a verdade, respaldada por provas, deve ser respeitada.
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