18 de jun 2025


Diretor da Abin é acusado de ilegalidades e proteção a responsável por crise na agência
Relatório da Polícia Federal aponta Luiz Fernando Corrêa por obstrução de investigações e proteção a responsáveis pela degradação da Abin.
Diretor Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Luiz Fernando Corrêa. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Diretor da Abin é acusado de ilegalidades e proteção a responsável por crise na agência
Ouvir a notícia
Diretor da Abin é acusado de ilegalidades e proteção a responsável por crise na agência - Diretor da Abin é acusado de ilegalidades e proteção a responsável por crise na agência
O relatório final da Polícia Federal sobre a investigação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecida como "Abin Paralela", revela que Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da agência, exerceu suas funções antes da nomeação oficial. O documento indica que Corrêa também protegeu um dos principais responsáveis pela degradação da Abin.
Desde janeiro do ano passado, a Abin se declarou "a maior interessada" na apuração dos fatos relacionados ao uso de ferramentas de geolocalização entre 2019 e 2021. O órgão afirmou que está colaborando com as investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal. A Abin reiterou seu compromisso com a transparência e a rigorosidade na apuração das irregularidades.
As investigações apontam que Corrêa foi indiciado por embaraço à investigação, prevaricação e coação. Ele é suspeito de ter tentado obstruir apurações e de ter utilizado assédio moral contra servidores da Abin. Outros membros da cúpula da agência também enfrentam indiciamentos, incluindo Luiz Carlos Nóbrega e José Fernando Chuy.
Acusações e Consequências
Corrêa, que já ocupou cargos relevantes na segurança pública, é acusado de autorizar ações ilegais contra autoridades paraguaias. Em depoimento, negou as irregularidades e afirmou que não tinha intenção de obstruir investigações. A situação se agrava com a revelação de que ele tentou impedir a apuração de ações ilegais durante sua gestão.
A investigação também envolve o ex-diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, e Paulo Maurício Fortunato, afastado por suspeitas de monitoramento ilegal. O indiciamento de Corrêa levanta sérias questões sobre a integridade da Abin e a condução de suas operações, refletindo as tensões entre as instituições de segurança e a necessidade de transparência nas investigações.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.