29 de jun 2025

Gilmar suspende julgamento sobre justiça gratuita e define futuro de beneficiários
Ministro Gilmar Mendes pede vista e suspende julgamento sobre justiça gratuita na Justiça do Trabalho, que pode impactar milhares de trabalhadores.

Ministro Gilmar Mendes, do STF. (Foto: Fellipe Sampaio/STF)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes solicitou vista do processo que discute a justiça gratuita na Justiça do Trabalho, interrompendo o julgamento que havia começado na última sexta-feira, 27. Com isso, não há previsão para a conclusão da votação.
Até o pedido de vista, apenas o relator Edson Fachin havia apresentado seu voto. A análise envolve uma ação da Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), que propõe que o benefício da justiça gratuita seja concedido somente mediante comprovação de insuficiência de recursos para arcar com as custas processuais.
Proposta da Consif
A Consif questiona trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece que o benefício é destinado a quem recebe salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. A entidade também defende que a justiça gratuita deve ser concedida apenas à parte que comprovar a falta de recursos.
Em seu voto, Fachin destacou a possibilidade de aplicar a regra do Código de Processo Civil, que considera a autodeclaração de hipossuficiência como válida. Ele ressaltou que essa autodeclaração pode ser contestada pela parte contrária e que há responsabilização legal em caso de falsidade.
Fachin concluiu que é constitucional a concessão do benefício da justiça gratuita àqueles que recebem até 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, admitindo a autodeclaração como uma forma de comprovação.
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