01 de jul 2025



Ex-vice-ministro da Defesa da Rússia é sentenciado a 13 anos por corrupção
Timur Ivanov, ex vice ministro da Defesa da Rússia, é condenado a 13 anos de prisão por desvio de recursos em meio a campanha anticorrupção.

Ex-vice-ministro de Defesa da Rússia, Timur Ivanov, é condenado a 13 anos de prisão por desvio e lavagem de dinheiro (Foto: ALEXANDER NEMENOV / AFP)
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Um tribunal de Moscou condenou Timur Ivanov, ex-vice-ministro da Defesa da Rússia, a 13 anos de prisão por desvio e lavagem de dinheiro. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 1º de outubro de 2024, em meio a uma intensa campanha anticorrupção do governo durante a ofensiva na Ucrânia.
Ivanov, que foi preso em abril de 2024, era um dos funcionários mais ricos do país e supervisionava contratos de construção militar. Ele foi acusado de desviar bilhões de rublos do banco Interkommerz, que faliu em 2016, e de ter desviado 200 milhões de rublos (aproximadamente R$ 14 milhões) na venda de embarcações destinadas ao estreito de Kerch, entre a Rússia e a Crimeia.
Além da pena de prisão, Ivanov foi multado em 100 milhões de rublos (cerca de R$ 7 milhões). O advogado de Ivanov, Murad Musayev, criticou o veredito, chamando-o de "execução" e alegando que não há provas suficientes para sustentar as acusações.
Contexto da Corrupção
Desde a substituição do ex-ministro da Defesa, Serguei Shoigu, por Andrei Belousov em maio de 2024, mais de dez funcionários do ministério e generais foram detidos ou estão sob investigação. Observadores sugerem que essas prisões podem ser parte de uma perseguição a aliados de Shoigu ou a militares que criticam a atual liderança. O Kremlin, no entanto, afirma que as ações são parte de uma luta legítima contra a corrupção.
A condenação de Ivanov ocorre em um momento delicado para o governo russo. A demissão de Shoigu, que enfrentava críticas por sua gestão, reflete uma estratégia do Kremlin para reduzir os gastos com a guerra, que aumentaram para cerca de 7,5% do PIB entre 2022 e 2023. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a nomeação de um civil para o cargo visa otimizar os recursos do país em meio a um cenário de crise.
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