Política

Comissão do Congresso ouve Abin e deve convocar Rui Costa para esclarecimentos

Ministro Rui Costa será convocado para explicar indiciamento do diretor da Abin por obstrução de Justiça e suposta espionagem.

Presidente Lula e Rui Costa na Cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381 (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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A Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) convocará o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para esclarecer a gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão ocorre após o indiciamento do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa por obstrução de Justiça, em meio a investigações sobre uma suposta "Abin paralela" durante o governo de Jair Bolsonaro.

O presidente da CCAI, deputado Filipe Barros (PL-PR), manifestou apoio à convocação nesta quarta-feira, após a comissão ouvir Corrêa, que não fez declarações à imprensa ao deixar o Congresso. A Abin, subordinada à Casa Civil, tem Rui Costa como figura central, sendo ele um dos responsáveis pela manutenção de Corrêa no cargo, mesmo após o indiciamento.

Além de Corrêa, a Polícia Federal indiciou Luiz Carlos Nóbrega, chefe de gabinete, e José Fernando Chuy, corregedor-geral da Abin. Todos foram nomeados durante o governo Lula. A PF alega que a atual direção da Abin dificultou o acesso a informações relevantes sobre monitoramento ilegal, o que configuraria obstrução de Justiça. Corrêa, em depoimento à PF, negou as acusações.

A pressão para que Rui Costa preste esclarecimentos vem da oposição e da União Nacional dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis). A Intelis considera "inadmissível" a permanência de Corrêa no cargo após o indiciamento e destaca que a divulgação do relatório do inquérito expôs servidores sem relação com os crimes, comprometendo sua segurança.

A CCAI avaliará a convocação de Rui Costa em sua próxima reunião. Barros afirmou que é necessário ouvir o ministro, especialmente após o depoimento de Corrêa, que abordou o indiciamento e denúncias de espionagem. A PF concluiu o inquérito sobre a "Abin paralela", indiciando mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação também apontou a participação de Jair Bolsonaro no esquema de espionagem, embora ele não tenha sido indiciado devido a processos já em andamento no Supremo Tribunal Federal.

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