Política

Hugo Aguilar destaca preconceito por ser indígena em comentários negativos recebidos

Hugo Aguilar assume a presidência da Suprema Corte do México e promete priorizar os direitos humanos e a inclusão das comunidades indígenas.

Hugo Aguilar Ortíz na Cidade do México, em 4 de julho de 2025. (Foto: Nayeli Cruz)

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Hugo Aguilar, advogado mixteco, foi eleito novo presidente da Suprema Corte de Justiça da Nação do México, tornando-se o segundo indígena a ocupar o cargo em quase dois séculos. A eleição ocorreu em 1º de junho e Aguilar assume oficialmente em 1º de setembro.

Aguilar, de 52 anos, destaca sua responsabilidade em promover mudanças no sistema de justiça e a importância de representar as comunidades indígenas. Ele enfrentará críticas e desafios relacionados à sua origem e ao racismo, que, segundo ele, são evidentes nas reações à sua nomeação.

Natural de San Agustín Tlacotepec, Oaxaca, Aguilar tem uma trajetória marcada pela defesa dos direitos indígenas. Ele revolucionou o direito indígena em seu estado e atuou como coordenador de Direitos Indígenas do Instituto Nacional de Pueblos Indígenas (INPI), onde foi responsável por consultas sobre megaprojéteis e reformas constitucionais.

Desafios e Expectativas

Aguilar reconhece que sua família está preocupada com os interesses que poderá enfrentar na Corte. No entanto, ele afirma que suas decisões serão guiadas pelo desejo de melhorar o sistema de justiça, sem se deixar levar por ambições pessoais. O advogado enfatiza que seu lema de campanha, "Um ministro indígena na Suprema Corte", se concretizou com sua eleição.

Ele também comentou sobre as críticas recebidas, que muitas vezes têm um componente racista. Para Aguilar, a desqualificação de sua capacidade profissional baseia-se em preconceitos relacionados à sua origem indígena. Ele se compromete a demonstrar que um indígena pode liderar a máxima instância judicial do país.

Uma Corte Pluricultural

Aguilar acredita que sua presidência pode marcar uma nova era na Corte, promovendo uma maior inclusão das identidades indígenas. Ele planeja inovar em símbolos e práticas, como a criação de uma toga bordada, para refletir a diversidade cultural do México. O novo presidente da Corte se mostra otimista em relação à sua capacidade de diálogo e persuasão, visando construir consensos em temas relevantes para os povos indígenas.

Com muitos desafios pela frente, incluindo um grande número de casos pendentes, Aguilar está determinado a priorizar os direitos humanos em sua gestão. Ele acredita que a Corte deve se concentrar em questões que exigem análise e avaliação, em vez de se perder em questões administrativas.

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