09 de abr 2025
Cientista desenvolve técnica de ‘embaralhamento cognitivo’ para combater insônia
Cientista desenvolve técnica de "embaralhamento cognitivo" para ajudar a dormir. Estudos iniciais mostram eficácia, mas mais pesquisas são necessárias.
Mudanças na rotina e alterações fisiológicas podem explicar problemas de sono (Foto: Maria Korneeva/Moment RF/Getty Images)
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Dr. Luc Beaudoin, cientista cognitivo e professor adjunto na Simon Fraser University, desenvolveu a técnica de embaralhamento cognitivo para ajudar a induzir o sono. Inspirado por suas próprias dificuldades para dormir e por uma aula de psicologia, Beaudoin buscou entender o "sistema de controle do início do sono" do cérebro humano. Em 2009, ele formalizou essa técnica, que envolve conjurar mentalmente palavras aleatórias e impessoais, permitindo que a mente se distraia de preocupações.
Estudos recentes indicam que o embaralhamento cognitivo pode melhorar a qualidade do sono e facilitar o adormecimento, embora ainda haja necessidade de mais pesquisas. A técnica consiste em pensar em palavras que começam com cada letra de uma palavra escolhida aleatoriamente, mantendo a mente ocupada por cinco a oito segundos em cada palavra. A Dra. Fariha Abbasi-Feinberg, especialista em medicina do sono, afirma que essa abordagem ajuda a relaxar a mente, permitindo que o sono ocorra mais naturalmente.
A eficácia do embaralhamento cognitivo se alinha com princípios da neurociência cognitiva e psicologia do sono, conforme apontado pela Dra. Leah Kaylor. Ela destaca que essa técnica pode replicar o estado cognitivo pré-sono, onde ocorrem "microsonhos" e pensamentos fragmentados. Um estudo de Beaudoin com 154 estudantes universitários mostrou que aqueles que praticaram a técnica relataram melhorias na qualidade do sono e na dificuldade para adormecer.
Para praticar o embaralhamento cognitivo, não há um número fixo de palavras ou tempo determinado. Especialistas recomendam que, se a técnica não funcionar em até 20 minutos, é melhor interromper e realizar uma atividade relaxante antes de tentar novamente. Beaudoin ressalta que essa técnica não substitui a higiene do sono adequada e não deve ser vista como uma cura para distúrbios do sono, enfatizando a importância de consultar um profissional de saúde em casos de insônia persistente.
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