Reparentar a si mesmo pode curar traumas e melhorar relacionamentos na vida adulta

Nicole Johnson, autora do livro "Reparenting Your Inner Child", destaca a importância do reparenting, uma técnica terapêutica que visa curar feridas da infância. Essa abordagem permite que adultos desenvolvam uma relação saudável com seu "eu interior", promovendo autocompaixão e melhores relacionamentos.

Johnson, que é conselheira profissional licenciada em Boise, Idaho, explica que muitos adultos carregam traumas da infância que influenciam suas relações e escolhas. "So muitos de nós estamos lidando com feridas infantis que afetam como nos relacionamos e como enfrentamos a vida," afirma. O reparenting não é um ato de indulgência, mas sim uma forma de aprender a responder a si mesmo com compaixão.

A técnica envolve identificar traumas e responder a si mesmo como um pai amoroso faria. "A maioria de nós precisa de um pai que seja amoroso e firme," diz Johnson. Essa abordagem ajuda a lidar com sentimentos de vergonha e autocrítica, promovendo um ambiente interno mais saudável.

Sinais de que o reparenting pode ser necessário

Traumas não se limitam à violência física. A falta de disponibilidade emocional dos pais ou um ambiente familiar caótico também podem deixar marcas. Johnson sugere que, se você se sente culpado por se afirmar ou tem dificuldades em abrir-se em relacionamentos, pode ser um sinal de que precisa reparentar seu eu interior.

O processo de reparenting pode começar de forma simples, como ser mais gentil consigo mesmo. "Reconhecer como suas experiências infantis moldam seu comportamento atual é um passo importante," afirma Johnson. Formar uma relação com seu eu interior, como lembrar de momentos felizes da infância, pode ser um bom início.

A importância da terapia

Trabalhar com um terapeuta pode facilitar o processo de reparenting. "Um profissional pode ajudar a identificar traumas e fornecer ferramentas para manter a autocompaixão," diz Avigail Lev, psicóloga clínica. O reparenting pode levar a uma maior confiança e a relacionamentos mais saudáveis, promovendo um ciclo de cura que beneficia não apenas o indivíduo, mas também as futuras gerações.