Saúde

Curiosidade ao longo da vida pode ser chave para um envelhecimento saudável

Manter a curiosidade ao longo da vida pode ser a chave para a saúde cognitiva na velhice, segundo estudo da Universidade da Califórnia.

A curiosidade pode ser uma estratégia acessível para manter o cérebro ativo, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia. (Foto: calypso77/Adobe Stock)

A curiosidade pode ser uma estratégia acessível para manter o cérebro ativo, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia. (Foto: calypso77/Adobe Stock)

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Um estudo da Universidade da Califórnia revela que manter a curiosidade ao longo da vida pode beneficiar a saúde cognitiva na velhice. A pesquisa analisou dados de mais de duas mil pessoas, com idades entre 20 e 84 anos, e sugere que, embora a curiosidade como traço diminua na meia-idade, a curiosidade momentânea aumenta.

Os participantes responderam a um questionário padrão e a perguntas de trivia, como “quantos corações tem um polvo?”. Os resultados mostraram que, nas pessoas mais jovens, a curiosidade como traço é mais pronunciada. A partir da meia-idade, esse tipo de curiosidade tende a diminuir, mas a curiosidade momentânea, que se refere ao desejo de saber algo específico, aumenta.

O psicólogo Alan Castel, líder da pesquisa, afirma que a curiosidade não é uma característica fixa. Ele destaca que a curiosidade está associada a um maior engajamento mental, o que pode ser crucial para a saúde cognitiva. Estudos anteriores indicam que idosos mais curiosos podem viver até cinco anos a mais do que aqueles que não cultivam essa curiosidade.

Curiosidade e Aprendizado

Na juventude, a curiosidade ajuda na formação da identidade e no desenvolvimento de habilidades cognitivas. Na vida adulta, o foco muda para temas específicos que despertam interesse, como palestras ou novos hobbies. O neurologista Cesar Castello Branco ressalta que o aprendizado nessa fase é impulsionado pelo prazer e pelo significado do conhecimento.

O contexto social também influencia a curiosidade dos idosos. Se a sociedade vê o envelhecimento de forma negativa, isso pode inibir o desejo de aprender. O neurologista Felipe Aydar Sandoval destaca que a amostra do estudo, composta majoritariamente por pessoas brancas e com alto nível educacional, pode apresentar um viés importante.

Implicações Práticas

Os pesquisadores sugerem que estimular a curiosidade em idosos pode ser uma estratégia acessível para manter o cérebro ativo. Atividades simples, como resolver palavras cruzadas ou participar de cursos, podem ajudar a reativar o gosto pelo aprendizado. Castel enfatiza que, ao invés de perguntar sobre interesses, é mais eficaz apresentar novas ideias que possam surpreender e engajar.

A curiosidade ativa áreas importantes do cérebro, como o circuito de recompensa, que envolve a dopamina. Isso gera motivação e torna o aprendizado uma recompensa. Assim, manter-se curioso pode ser tão simples quanto buscar respostas para perguntas triviais, contribuindo para a saúde mental e o bem-estar na velhice.

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