Saúde

Avanços no combate ao HIV ameaçados por retrocessos políticos e sociais

Avanços na ciência do HIV incluem injeções que protegem por seis meses. O PEPFAR enfrenta desmantelamento, ameaçando acesso a medicamentos vitais. Leis antigay em Uganda e a Política de Mordaza Global agravam a epidemia. Direitos humanos são essenciais na luta contra o HIV e na saúde pública. A falta de financiamento e apoio à sociedade civil prejudica a resposta ao HIV.

"Ativistas nepaleses celebram uma vigília com velas na véspera do Dia da AIDS em Catmandu, Nepal, em 30 de novembro de 2023. (Foto: NurPhoto via Getty Images)"

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Os avanços na ciência do HIV têm sido significativos, com uma nova injeção de ação prolongada que pode oferecer proteção por até seis meses com uma única dose. Essa inovação é crucial em um cenário onde o HIV ainda causa uma morte a cada minuto. No entanto, o crescimento do populismo e políticas regressivas ameaçam esses progressos, especialmente nos Estados Unidos, onde o PEPFAR, um programa vital que salvou cerca de 25 milhões de vidas nas últimas duas décadas, enfrenta ataques que podem comprometer o acesso a medicamentos essenciais.

A pesquisa sobre HIV também está sob pressão, com legisladores questionando a validade de décadas de estudos revisados por pares. Robert F. Kennedy Jr., indicado para um cargo de saúde, é um crítico das vacinas e nega a relação entre HIV e AIDS, o que levanta preocupações sobre a desvalorização da ciência em níveis governamentais. Além disso, as restrições aos direitos humanos continuam a dificultar a resposta ao HIV, especialmente em países como Uganda, que aprovou uma das leis antigay mais severas do mundo, contribuindo para o aumento das taxas de HIV.

A proteção dos direitos humanos é vista como uma estratégia de saúde pública eficaz. Leis punitivas e políticas discriminatórias prejudicam as populações mais vulneráveis, como a comunidade LGBTQ+, trabalhadores migrantes e pessoas que usam drogas. O fortalecimento das organizações da sociedade civil, que desempenham um papel crucial na resposta ao HIV, é essencial. No entanto, mais de 50 países impõem restrições à financiamento estrangeiro, o que compromete iniciativas de combate ao HIV.

A falta de financiamento e a desigualdade global em saúde são desafios persistentes. A reintrodução da Política de Mordaza Global, que limita o financiamento a organizações que oferecem serviços de aborto, pode resultar em um aumento significativo de novas infecções por HIV. Com os EUA contribuindo com dois terços do financiamento internacional para o HIV, essa política pode ser devastadora. O progresso no combate ao HIV depende da colaboração entre ciência, política e sociedade civil, e é fundamental resistir a movimentos que ameaçam esses avanços.

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