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Cortes de ajuda dos EUA podem resultar em seis milhões de mortes por HIV em quatro anos - Cortes de ajuda dos EUA podem resultar em seis milhões de mortes por HIV em quatro anos

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A diretora executiva da UNAids, Winnie Byanyima, alertou que os cortes de financiamento dos Estados Unidos podem resultar em dois mil novos casos de HIV diariamente e mais de seis milhões de mortes nos próximos quatro anos. A advertência destaca um retrocesso significativo na luta global contra o HIV, que viu uma redução nas mortes de mais de dois milhões em 2004 para 600 mil em 2023. Byanyima enfatizou que a suspensão da ajuda externa, incluindo programas de HIV, já está causando consequências devastadoras, especialmente para mulheres e meninas.

A decisão do governo dos EUA de interromper a ajuda internacional, anunciada por Donald Trump no início de seu mandato, levou ao fechamento de clínicas e à escassez de medicamentos antirretrovirais na África. Byanyima expressou preocupação com um possível retorno à situação da década de 1990, quando o acesso a medicamentos era extremamente limitado em países mais pobres. A diretora também reconheceu a generosidade dos EUA no passado, mas pediu uma reversão imediata dos cortes, alertando que a falta de apoio pode levar a um aumento significativo de infecções e mortes.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já identificou oito países que podem enfrentar a falta de medicamentos para HIV devido à pausa no financiamento dos EUA. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a interrupção dos programas pode reverter duas décadas de progresso no combate ao HIV. A situação é alarmante, com grupos de defesa como o Treatment Action Campaign da África do Sul expressando temor de um retrocesso no acesso a serviços essenciais de tratamento.

Byanyima também sugeriu uma parceria com o governo dos EUA para promover um novo medicamento antirretroviral, o lenacapavir, que poderia beneficiar milhões. Essa proposta visa não apenas ajudar na luta contra o HIV, mas também gerar lucros e empregos nos EUA. Enquanto isso, outras agências da ONU, como a UNHCR e a Unicef, também enfrentam cortes de financiamento, o que pode comprometer suas operações e esforços humanitários em várias áreas.

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