21 de jan 2025
Deepfakes promovem medicamentos irregulares e Conselho Brasileiro de Oftalmologia alerta sobre riscos
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia alertou sobre deepfakes usados pela Cury Vision. Vídeos manipulados promovem colírio sem registro na Anvisa, colocando a saúde em risco. Casos anteriores envolveram produtos como Lustramin e colágeno associado a Drauzio Varella. Estudo da USP revelou 513 anúncios enganosos, 83% em formato de vídeo. Público vulnerável, especialmente idosos, é alvo de propagandas fraudulentas.
REMÉDIOS FALSOS - Inteligência Artificial: deepfakes usam personalidades para atribuir credibilidade a produtos sem registro (Foto: iStock/Getty Images)
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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) emitiu um alerta nesta quarta-feira, 20, sobre o uso de deepfakes para promover produtos não certificados, especialmente um colírio da Cury Vision. A entidade destacou que vídeos manipulados com personalidades como Ana Maria Braga e Fábio Júnior estão sendo utilizados para divulgar um produto sem comprovação científica e sem registro na Anvisa. A presidente do CBO, Wilma Lelis Barboza, enfatizou que a compra de medicamentos sem prescrição pode comprometer a saúde ocular.
Esse fenômeno não é novo; em novembro de 2023, uma reportagem falsa utilizou a mesma técnica para promover o Lustramin, um produto sem evidências de eficácia. Em dezembro do mesmo ano, um vídeo falso com o Drauzio Varella recomendava um suplemento de colágeno, evidenciando o aumento da popularidade e sofisticação das tecnologias de manipulação de vídeo.
Um estudo do Instituto de Estudos Avançados da USP revelou que, em setembro de 2024, foram identificadas 513 publicidades de produtos sem comprovação científica veiculadas pela Meta, com 83% delas em formato de vídeo. A pesquisa apontou que a maioria dos anúncios (31,7%) era direcionada a disfunções sexuais masculinas, mas também incluía produtos para diabetes e emagrecimento, visando públicos vulneráveis, especialmente idosos.
O levantamento também revelou que o Drauzio Varella apareceu em 27,5% das propagandas enganosas, ao lado de jornalistas e supostos profissionais da Anvisa. Apesar da proliferação desses anúncios, a CBO recomenda cuidados para evitar fraudes, destacando a importância de verificar a veracidade das informações antes de adquirir produtos de saúde.
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