Saúde

Percevejo-de-pintas-amarelas ameaça biodiversidade brasileira após chegada pelo Porto de Santos

O percevejo de pintas amarelas, originário da China, foi registrado em 2020. Recentemente, o inseto foi avistado 22 vezes na Baixada Santista, SP. Especialistas alertam para o potencial invasivo da espécie e seus riscos. O último registro ocorreu em outubro de 2024, no Parque São Vicente. Monitoramento contínuo é essencial para evitar danos ambientais e econômicos.

A principal hipótese é que o percevejo tido como praga na Ásia tenha chegado ao Brasil pelo Porto de Santos (Foto: A Tribuna Jornal e Yan Lima)

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O percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo), originário da China, mede cerca de 1 centímetro e apresenta corpo verde ou amarelo com pintas amarelas. Este inseto é considerado uma praga na Ásia, pois se alimenta de diversas plantas, causando desequilíbrios ambientais. No Brasil, a presença do percevejo gera preocupações ambientais e econômicas, com 22 registros apenas na Baixada Santista, sendo Santos a cidade com maior incidência.

O primeiro avistamento no Brasil ocorreu em 2020, próximo ao Porto de Santos, quando o biólogo Yan Lima e Silva inicialmente confundiu a espécie com um inseto nativo. A introdução do percevejo na região pode ter ocorrido por meio de navios. Embora ainda não tenha causado danos significativos, pesquisadores alertam para o potencial risco que a espécie representa, especialmente se continuar a se expandir.

O Erthesina fullo é um inseto polífago, alimentando-se de várias plantas, e na Ásia já causou danos em culturas agrícolas. No entanto, não há dados suficientes para determinar se ele representa uma ameaça às plantações brasileiras. O pesquisador Ricardo Brugnera, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, enfatiza que "há risco, caso não haja um monitoramento adequado".

O último registro do percevejo no sistema iNaturalist foi feito em outubro de 2024, no Parque São Vicente. Especialistas recomendam monitoramento contínuo e incentivam a população a registrar avistamentos do inseto na plataforma, contribuindo para a base de dados sobre biodiversidade. O Ministério da Agricultura foi contatado, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

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