Saúde

COVID-19 revela quatro lições cruciais sobre o sistema imunológico

Estudos recentes destacam o papel vital das células T na defesa contra o SARS CoV 2. A resposta imune inata, mediada por interferons, amplia a proteção contra infecções. Descobertas mostram que a resposta imune se estende além do local da infecção. Variantes do vírus podem ter causado menos doenças graves devido a respostas imunes. A pandemia enfatizou a importância de entender a imunidade na cavidade nasal.

Ilustração do artista de anticorpos (estruturas em forma de Y) se aglomerando em direção a uma partícula de SARS-CoV-2 (esfera com espinhos). (Foto: KTSDesign/Science Photo Library)

Ilustração do artista de anticorpos (estruturas em forma de Y) se aglomerando em direção a uma partícula de SARS-CoV-2 (esfera com espinhos). (Foto: KTSDesign/Science Photo Library)

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A pandemia de COVID-19, que começou há cinco anos, trouxe à tona a necessidade de entender melhor o sistema imunológico humano, que se mostrou "imunologicamente ingênuo" diante do novo vírus SARS-CoV-2. Nadia Roan, imunologista da Universidade da Califórnia, San Francisco, destaca que a emergência do vírus proporcionou uma oportunidade única para estudar a imunidade em ação. Desde então, pesquisadores têm coletado e analisado dados para compreender como o sistema imunológico responde a infecções.

Inicialmente, o foco estava nas anticorpos gerados pela infecção, enquanto as células T, que também desempenham um papel crucial na defesa imunológica, receberam menos atenção. Shane Crotty, imunologista do La Jolla Institute for Immunology, explica que as células T são mais difíceis de estudar, o que atrasou a compreensão sobre elas. Contudo, Alessandro Sette, também do La Jolla Institute, ressalta que as células T mostraram-se essenciais na resposta imunológica, persistindo mesmo quando os anticorpos diminuíram após a vacinação.

Além disso, a pandemia trouxe novas percepções sobre o sistema imunológico inato, que atua como uma defesa inicial contra vírus. Benjamin tenOever, virologista da Universidade de Nova York, explica que a resposta inata é menos específica, mas crucial. A descoberta de que a resposta de interferon se espalha por todo o corpo, mesmo em órgãos distantes do local da infecção, sugere que essa defesa global pode ser vital para proteger o organismo contra a rápida disseminação do vírus.

Por fim, a pandemia destacou a importância de entender as respostas imunológicas em locais específicos, como o nariz, que antes era considerado apenas um canal passivo. Jose Ordovas-Montanes, imunologista do Boston Children’s Hospital, observa que a resposta imunológica na mucosa nasal é única e pode não ser adequadamente abordada por vacinas injetáveis, que geram anticorpos na corrente sanguínea. Crotty conclui que uma das lições aprendidas é a relevância da localização na resposta imunológica.

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