Saúde

Clínica virtual oferece esperança a pacientes em meio à guerra civil no Sudão

A guerra civil no Sudão causou uma crise humanitária com milhões de deslocados. Médicos voluntários criaram uma clínica virtual, atendendo 500 pacientes via WhatsApp. A iniciativa é vital, já que 70% a 80% dos centros de saúde estão fechados. A clínica enfrenta desafios como falta de acesso a medicamentos e internet precária. A telemedicina pode revolucionar a saúde no Sudão, mas a infraestrutura precisa ser reconstruída.

"Um paciente é atendido no hospital Al-Naw, na cidade sudanesa de Omdurman, em janeiro de 2023. O centro é um dos poucos que ainda está em funcionamento neste país africano, assolado pela guerra. (Foto: Mostafa Muhamed)"

"Um paciente é atendido no hospital Al-Naw, na cidade sudanesa de Omdurman, em janeiro de 2023. O centro é um dos poucos que ainda está em funcionamento neste país africano, assolado pela guerra. (Foto: Mostafa Muhamed)"

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Ahmed Hassan, residente em Jartum, enfrenta a grave crise de saúde provocada pela guerra civil no Sudão, lutando contra a malária em meio a intensos combates. Sem acesso ao hospital mais próximo, ele recorreu a uma clínica virtual criada por médicos voluntários, que oferecem diagnósticos gratuitos via WhatsApp e Telegram. Essa iniciativa, composta por cerca de 120 profissionais, visa atender sudaneses em áreas afetadas pela guerra, onde a mobilidade é severamente restrita.

A crise humanitária no Sudão é alarmante, com mais de 8,7 milhões de deslocados e um sistema de saúde em colapso, com 70% a 80% dos centros de saúde fechados ou operando parcialmente. Recentemente, um ataque aéreo em um hospital em Darfur resultou em 70 mortes, evidenciando a gravidade da situação. Médicos como Zainab Hamed destacam que a clínica virtual tem sido um recurso vital, especialmente em áreas rurais, onde a ajuda é escassa.

Desde sua criação, a clínica já atendeu cerca de 500 pacientes, incluindo alguns que se encontram no Egito. Os fundadores, como Sara Abdel Jalil, enfatizam a importância de manter a iniciativa ativa, com planos de continuidade além de abril de 2024. A clínica tem se mostrado eficaz no tratamento de doenças comuns, mas enfrenta desafios, como a falta de acesso a medicamentos e infraestrutura.

Os médicos reconhecem que a telemedicina é uma solução temporária e que a reconstrução do sistema de saúde do Sudão é essencial. Mahmoud Taj El-Din, presidente de uma organização de voluntários, ressalta que, com mais apoio, a assistência médica no país pode ser revolucionada. A clínica virtual representa um passo importante, mas é apenas parte da solução para a crise de saúde no Sudão.

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