Saúde

Ômega-3 e exercícios físicos demonstram potencial para retardar envelhecimento biológico

Pesquisa na revista "Nature Aging" mostra que ômega 3 desacelera envelhecimento. Suplementação de 1 grama diária em idosos reduziu envelhecimento em até quatro meses. Combinação com vitamina D e exercícios potencializa efeitos e reduz riscos de câncer. Estudo envolveu 777 idosos na Suíça, utilizando relógios epigenéticos para medições. Resultados podem variar em outras populações devido a fatores como dieta e saúde.

Suplementos de ômega 3: ingestão de 1 grama por dia é suficiente para modular positivamente o envelhecimento biológico. (Foto: Pexels)

Suplementos de ômega 3: ingestão de 1 grama por dia é suficiente para modular positivamente o envelhecimento biológico. (Foto: Pexels)

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Uma pesquisa publicada na revista Nature Aging revela que a suplementação diária de 1 grama de ômega-3 pode desacelerar o envelhecimento biológico em até quatro meses. O estudo, que analisou dados de um ensaio clínico com 777 idosos na Suíça ao longo de três anos, dividiu os participantes em oito grupos e utilizou ferramentas de biologia molecular, conhecidas como relógios epigenéticos, para medir os efeitos da suplementação. Os resultados mostraram que o ômega-3 teve um impacto positivo no envelhecimento, independentemente de fatores como idade, sexo ou índice de massa corporal.

Além do ômega-3, os participantes também receberam 2.000 unidades internacionais (UI) de vitamina D e praticaram exercícios físicos por 30 minutos, três vezes por semana. A combinação desses fatores não apenas desacelerou o envelhecimento, mas também reduziu o risco de câncer em 61% e a fragilidade em 39%. Os pesquisadores sugerem que a interação entre ômega-3, vitamina D e atividade física potencializa os efeitos benéficos, destacando a importância de uma abordagem integrada para promover a longevidade saudável.

A pesquisadora Heike Bischoff-Ferrari, da Universidade de Zurique, explica que os relógios epigenéticos funcionam como marcadores do tempo das células, medindo o envelhecimento biológico por meio de alterações químicas no DNA. No entanto, ela ressalta que ainda não existe um padrão universal para medir o envelhecimento biológico e que o estudo foi realizado apenas com idosos suíços, o que pode limitar a aplicabilidade dos resultados em outras populações.

A nutricionista funcional Gisele Haiek, que não participou do estudo, acredita que os resultados poderiam ser ainda mais promissores em países como o Brasil, onde a ingestão de ômega-3 é geralmente baixa. Ela sugere que, ao corrigir deficiências nutricionais e incluir os elementos estudados, os efeitos positivos poderiam ser mais pronunciados. A pesquisa também aponta para a necessidade de mais estudos que incluam diversos fatores de estilo de vida para validar os achados e ampliar sua aplicabilidade.

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