07 de fev 2025
Corte de financiamento dos EUA pode levar a seis milhões de mortes por HIV e aids, alerta ONU
A UNAIDS estima que a suspensão de recursos pode causar 6,3 milhões de mortes até 2029. A vice diretora da UNAIDS, Christine Stegling, destaca o fechamento de clínicas comunitárias. A OMS classifica a medida como "ameaça global" para 30 milhões de pessoas. A interrupção do financiamento pode aumentar novas infecções por HIV em diversas regiões. A saída dos EUA da OMS pode ocorrer em janeiro de 2026, afetando a saúde global.
Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)
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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o financiamento para programas de combate ao HIV e à Aids pode resultar em mais de seis milhões de mortes até 2029, segundo a UNAIDS, agência da ONU. A incerteza sobre a continuidade dos repasses já causa interrupções no tratamento de pacientes, especialmente em países de baixa renda. O republicano congelou centenas de milhões de dólares em ajuda externa por 90 dias, como parte de uma revisão da política de assistência internacional.
Embora o Departamento de Estado tenha concedido uma isenção temporária para o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para a Luta contra o HIV/Aids (PEPFAR), a situação permanece instável. A vice-diretora executiva da UNAIDS, Christine Stegling, destacou que o impacto da decisão é visível em várias regiões, como na Etiópia, onde 5.000 trabalhadores da saúde pública perderam seus contratos. Clínicas comunitárias, que dependem do financiamento, estão fechando, o que pode levar a um aumento nas novas infecções por HIV.
A UNAIDS estima que, sem o financiamento americano, as mortes relacionadas à Aids podem crescer 400% entre 2025 e 2029, totalizando 6,3 milhões de óbitos evitáveis. Os Estados Unidos são o maior doador da OMS, financiando 75% do programa da organização voltado para HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. A suspensão dos recursos pode resultar na perda de empregos para profissionais de saúde e na interrupção de tratamentos para milhões de pacientes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a medida como uma "ameaça global", colocando em risco o acesso a tratamentos essenciais para mais de 30 milhões de pessoas. Embora outros países possam tentar compensar a diferença, enfrentam desafios econômicos. Além disso, Trump sinaliza uma possível saída da OMS, que poderia ocorrer em janeiro de 2026. Essa não é a primeira vez que a Casa Branca ameaça cortar laços com a entidade, tendo já anunciado a saída em 2020, revertida por Joe Biden em 2021. A nova suspensão de recursos novamente ameaça programas essenciais de saúde global.
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