11 de fev 2025
Corte de financiamento dos EUA pode elevar infecções por HIV em seis vezes até 2029
Winnie Byanyima, da UNAIDS, alerta sobre o impacto do corte de financiamento dos EUA. Estima se que novos casos de HIV possam aumentar para 8,7 milhões até 2029. A OMS considera a decisão uma "ameaça global" para países de baixa renda. Brasil registrou 46.495 novos casos de HIV em 2023, aumento de 4,5% em relação a 2022. Cerca de 90% do financiamento para programas de combate à Aids vem do exterior.
Winnie Byanyima (Foto: Sergio Lima/UNAIDS)
Ouvir a notícia:
Corte de financiamento dos EUA pode elevar infecções por HIV em seis vezes até 2029
Ouvir a notícia
Corte de financiamento dos EUA pode elevar infecções por HIV em seis vezes até 2029 - Corte de financiamento dos EUA pode elevar infecções por HIV em seis vezes até 2029
Até 2029, o número de novos casos de infecção por HIV pode aumentar mais de seis vezes se o apoio financeiro dos Estados Unidos for retirado do maior programa de combate à Aids. A chefe do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Winnie Byanyima, alertou que a principal causa desse crescimento é a circulação de cepas mais resistentes do vírus. A declaração foi feita em entrevista à Associated Press, após o anúncio do presidente americano Donald Trump sobre a interrupção do financiamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou essa decisão como uma "ameaça global" para as pessoas vivendo com o vírus, especialmente em países de média e baixa renda, incluindo o Brasil. Byanyima enfatizou que a falta de apoio pode custar vidas, ressaltando que a manutenção da liderança dos EUA é crucial. A estimativa aponta que, nos próximos quatro anos, 8,7 milhões de pessoas podem ser infectadas, uma mudança drástica em relação aos 1,3 milhão de novos casos registrados em 2023, que representa uma redução de 60% desde o pico da transmissão em 1995.
No Brasil, foram registrados 46.495 novos casos de infecções pelo HIV em 2023, um aumento de 4,5% em relação a 2022, conforme o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Byanyima destacou que o corte do financiamento dos EUA seria catastrófico, já que cerca de 90% do valor necessário para os programas em alguns países provém de recursos externos. Ela mencionou que quase 400 milhões de dólares (mais de 2 bilhões de reais) são destinados a países como Uganda, Moçambique e Tanzânia.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.