25 de fev 2025
Seis bebês morrem de hipotermia em Gaza durante inverno rigoroso e crise humanitária
Seis bebês morreram de hipotermia em Gaza devido ao frio intenso e precárias condições. A falta de aquecimento e roupas adequadas agrava a crise humanitária na região. O cessar fogo permitiu a entrada de ajuda, mas ainda há escassez de itens essenciais. A reconstrução de Gaza pode custar mais de R$ 250 bilhões e levar anos. Conflito resultou em mais de 48 mil mortes palestinas, a maioria civis, segundo autoridades.
Uma bebê palestina de dois meses, Eila Sarsak, recebe tratamento em uma incubadora no Hospital Patient Friends na Cidade de Gaza, onde está em cuidados intensivos há dez dias devido aos efeitos do frio, na terça-feira, 25 de fevereiro de 2025. (Foto: Jehad Alshrafi/AP)
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Pelo menos seis bebês morreram de hipotermia nas últimas duas semanas na Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas vivem em acampamentos de tendas e edifícios danificados pela guerra. As temperaturas noturnas caem abaixo de 10 graus Celsius (50 F), e as condições climáticas se agravaram nos últimos dias. Yusuf al-Shinbari, pai de uma menina de dois meses, encontrou sua filha Sham sem vida em sua tenda, sem sinais de doenças, segundo o Dr. Ahmed al-Farah, do Hospital Nasser.
Além dos seis óbitos, o hospital de Gaza City registrou a morte de mais cinco bebês com um mês ou menos devido ao frio. Um deles faleceu na segunda-feira, e outro está em ventilação mecânica. O Ministério da Saúde de Gaza contabilizou 15 mortes por hipotermia neste inverno, todas envolvendo crianças. Apesar da pausa no conflito, a escassez de cobertores e roupas quentes persiste, e a eletricidade central não está disponível desde o início da guerra.
A trégua, que interrompeu 16 meses de combate entre Israel e Hamas, permitiu a entrada de ajuda humanitária, mas a situação continua crítica. A primeira fase da trégua termina no sábado, e a continuidade do fluxo de ajuda é incerta. O Banco Mundial estima que a reconstrução da Gaza devastada custará mais de 50 bilhões de dólares e levará anos. Israel responsabiliza o Hamas pela destruição, enquanto o grupo acusa Israel de atrasar a entrada de suprimentos essenciais.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a ofensiva israelense causou mais de 48 mil mortes palestinas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Israel afirma ter eliminado mais de 17 mil combatentes, mas não apresentou evidências. A situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar, com a população enfrentando condições extremas e a incerteza sobre o futuro.
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