Saúde

Seis bebês morrem de hipotermia em Gaza, alertam autoridades de saúde

Seis bebês morreram de hipotermia em Gaza, destacando a crise humanitária. Médicos alertam para aumento de mortes sem mais ajuda humanitária. Apenas 20 dos 35 hospitais em Gaza estão parcialmente funcionais, segundo a ONU. A guerra resultou em 48.348 palestinos mortos e 1,9 milhão de deslocados. ONG afirma que mortes são consequência das restrições de ajuda humanitária.

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Seis bebês morreram de hipotermia em Gaza desde domingo, conforme relatado por autoridades de saúde locais. O Dr. Saeed Salah, diretor médico do Hospital da Sociedade Benevolente dos Amigos dos Pacientes, alertou para uma "desgraça" no aumento de casos entre recém-nascidos, que enfrentam condições severas de inverno. Nos últimos 14 dias, oito bebês com hipotermia foram internados em Gaza, com três deles morrendo poucas horas após a chegada ao hospital. Na terça-feira, um quarto bebê, com apenas 69 dias, também faleceu.

Além disso, duas outras mortes foram registradas no Hospital Nasser, em Khan Younis. O Dr. Salah enfatizou a necessidade urgente de caravanas, tendas e combustível para aquecer a população e evitar novas tragédias. Ele destacou que essas medidas são essenciais para prevenir a morte de recém-nascidos devido a condições climáticas adversas. A situação ocorre em meio a um frágil cessar-fogo, que trouxe um alívio temporário após meses de conflito, resultando em mais de 48 mil palestinos mortos e 111 mil feridos.

Os sobreviventes relatam dificuldades para reconstruir suas comunidades, devastadas por um conflito que destruiu o sistema de saúde e gerou crises de fome, deslocamento e doenças. Apenas 20 dos 35 hospitais em Gaza estão parcialmente funcionais, segundo a ONU. A entrada de ajuda humanitária tem sido um ponto de discórdia, com acusações de que Israel impede a assistência, o que o país nega. Em 14 de fevereiro, a COGAT informou que 4.200 caminhões de ajuda humanitária entraram na faixa de Gaza, em conformidade com o acordo de cessar-fogo.

No Hospital Nasser, uma mãe palestina cuida de seu bebê de dois meses, Yousaf Al-Najjar, que está sendo tratado por hipotermia. A mãe descreveu a situação angustiante, afirmando que seu filho parece "um esqueleto" e que muitos bebês estão sendo trazidos mortos devido ao frio. O Dr. Fida’a Al-Nadi, pediatra do hospital, ressaltou que as condições de vida, em tendas ou casas destruídas, são a principal causa das mortes. A guerra em Gaza deslocou cerca de 1,9 milhão de pessoas, que vivem em acampamentos improvisados, sem acesso a aquecimento ou eletricidade. Fikr Shalltoot, diretor da ONG Medical Aid for Palestinians, afirmou que as mortes são resultado direto das restrições israelenses à ajuda humanitária, caracterizando a situação como uma "crise provocada pelo homem".

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