26 de fev 2025
Alimentos ultraprocessados alteram funções de insulina em apenas cinco dias de consumo
Estudo da Universidade de Tübingen revela danos cerebrais em cinco dias de ultraprocessados. Consumo de alimentos ultraprocessados aumenta gordura do fígado e reduz motivação. Participantes saudáveis mostraram resistência à insulina após dieta hipercalórica. Alterações cognitivas observadas refletem padrões típicos de obesidade. Resultados destacam riscos de ultraprocessados, comuns na dieta dos EUA.
Foto: Reprodução
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O consumo de alimentos ultraprocessados tem sido associado a diversos problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Esses produtos, definidos pelo sistema de classificação NOVA, contêm ingredientes que não são comuns em cozinhas caseiras, como aditivos e conservantes, e representam até 70% da oferta alimentar nos Estados Unidos. Pesquisadores, como o Dr. Kevin Hall, estão investigando se esses alimentos são intrinsecamente prejudiciais ou se sua relação com a obesidade se dá por meio do aumento da ingestão calórica.
Um estudo de Hall revelou que indivíduos em uma dieta ultraprocessada consumiram, em média, 500 calorias a mais por dia do que aqueles em uma dieta minimamente processada. Em um novo experimento, ele está analisando como a densidade energética e a hiper-palatabilidade desses alimentos influenciam o consumo excessivo. A hiper-palatabilidade refere-se à combinação de sal, açúcar e gordura que torna esses alimentos irresistíveis, levando a um ciclo de superconsumo.
Pesquisas recentes na Alemanha mostraram que, após apenas cinco dias de uma dieta rica em ultraprocessados, participantes saudáveis apresentaram alterações significativas na resposta do cérebro à insulina e aumento da gordura hepática. O estudo, que envolveu 29 homens, indicou que a ingestão desses alimentos diminui a sensibilidade à recompensa e aumenta a sensibilidade à punição, um padrão observado em pessoas com obesidade.
A especialista Dr. Tera Fazzino destaca que os alimentos ultraprocessados são projetados para serem altamente palatáveis, ativando circuitos de recompensa no cérebro. Ela sugere que a conscientização sobre o impacto desses alimentos e a preferência por opções mais naturais podem ajudar a mitigar os efeitos negativos. Fazzino recomenda evitar alimentos com rótulos enganosos e prestar atenção ao teor de sódio, que pode contribuir para a hiper-palatabilidade.
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