Saúde

Novo tratamento subcutâneo promete revolucionar a vida de pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna

A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) afeta 3.500 pessoas no Brasil, causando sintomas graves. A Anvisa aprovou o crovalimabe, um anticorpo monoclonal para tratamento mensal subcutâneo. O novo tratamento reduz a necessidade de infusões intravenosas, facilitando a vida dos pacientes. O estudo de fase 3 COMMODORE mostrou eficácia e segurança do crovalimabe em 400 pacientes. A Roche Farma Brasil busca oferecer o medicamento no SUS, melhorando o acesso ao tratamento.

TRATAMENTO: o medicamento é um inibidor da molécula C5 e impede que ocorra a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue pelo sistema imunológico (Foto: Thinkstock/VEJA)

TRATAMENTO: o medicamento é um inibidor da molécula C5 e impede que ocorra a destruição dos glóbulos vermelhos do sangue pelo sistema imunológico (Foto: Thinkstock/VEJA)

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A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma condição sanguínea rara que afeta aproximadamente 3.500 pessoas no Brasil e pode levar a complicações graves, como fadiga, dor abdominal, anemia e insuficiência renal. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento, o crovalimabe, um anticorpo monoclonal que pode ser administrado mensalmente, oferecendo uma alternativa mais prática em comparação aos tratamentos intravenosos atuais.

O crovalimabe é indicado para adultos e adolescentes a partir dos 13 anos que pesem pelo menos 40 kg. Este medicamento é o primeiro a ser aplicado por via subcutânea a cada quatro semanas, enquanto os tratamentos existentes requerem infusões semanais que podem durar até 45 minutos. O novo tratamento atua como um inibidor da molécula C5, evitando a destruição dos glóbulos vermelhos pelo sistema imunológico, o que alivia os sintomas da HPN.

Os dados que respaldam a aprovação do crovalimabe vêm do estudo de fase 3 COMMODORE, que envolveu 400 pacientes globalmente, incluindo 28 brasileiros. Os resultados mostraram que o novo tratamento controla a doença sem comprometer a segurança dos pacientes em comparação com as terapias existentes. O chefe da Hematologia da Beneficência Portuguesa, Phillip Scheinberg, destacou que a possibilidade de autoaplicação em casa reduz a necessidade de deslocamento para hospitais.

A terapia já é aprovada em vários países, incluindo Japão, Estados Unidos e Europa, e há planos para que seja disponibilizada na rede pública brasileira. A diretora médica da Roche Farma Brasil, Michelle Fabiani, enfatizou a importância de garantir que inovações como essa sejam acessíveis aos pacientes e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Estudos anteriores indicam que a falta de tratamento adequado pode resultar em uma taxa de mortalidade de 35% em cinco anos para pacientes com HPN severa.

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