08 de mar 2025
Surto de sarampo nos Estados Unidos já registra 2 mortes e mais de 200 infectados
Surto de sarampo já infectou mais de 200 pessoas no sudoeste dos EUA. CDC emitiu alerta de viagem, recomendando atenção a sintomas como febre. Vacinação é obrigatória para crianças a partir de 12 meses, mas taxas caíram. Robert F. Kennedy Jr. agora recomenda vacinas, mas sugere tratamentos alternativos. A desinformação sobre vacinas tem contribuído para a baixa cobertura vacinal.
Vacina (Foto: Unsplash)
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Um surto de sarampo no sudoeste dos Estados Unidos já infectou mais de 200 pessoas. Até a última sexta-feira, o Texas registrou 198 casos e o Novo México, 10, totalizando 208 casos. Ambos os estados confirmaram uma morte relacionada ao surto, sendo que nenhuma das vítimas estava vacinada. O teste de um paciente no Novo México foi positivo para sarampo, realizado postumamente.
O aumento dos casos levou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) a emitir uma advertência de viagem. O CDC alerta que mais casos são esperados à medida que o surto se expande, especialmente com a aproximação da temporada de viagens de primavera e verão. A entidade destaca a importância dos profissionais de saúde na prevenção da propagação do sarampo e recomenda atenção a casos com febre e erupções cutâneas.
O sarampo é transmitido por gotículas respiratórias e pode permanecer no ar por até duas horas após a saída de uma pessoa infectada. A doença provoca febre, sintomas respiratórios e erupções cutâneas, podendo levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite. A vacina, obrigatória para crianças a partir de 12 meses, oferece 93% de imunidade com uma dose e 97% após a segunda. Contudo, as taxas de vacinação caíram, em parte devido à desinformação sobre vacinas desde a pandemia de covid-19.
O atual secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., criticou a vacina tríplice viral por décadas, associando-a ao autismo, uma alegação desacreditada por estudos. Desde o início do surto, ele moderou sua posição e passou a recomendar a vacinação, embora também sugira tratamentos como vitamina A e esteroides. Especialistas alertam que a ênfase nesses tratamentos pode desviar a atenção da necessidade de aumentar as taxas de imunização, que atualmente estão em 92,7% entre crianças de pré-escola, abaixo da meta de 95% para imunidade coletiva.
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