11 de mar 2025
Camarões do litoral paulista apresentam até 90% de contaminação por microplásticos, revela estudo
Pesquisa da Unesp revela que 80% a 90% dos camarões em SP contêm microplásticos. Estudo investiga impacto na qualidade nutricional de crustáceos e moluscos. Contaminação de microplásticos é dispersa na costa brasileira, afetando diversos ecossistemas. Microplásticos podem absorver poluentes, aumentando riscos à saúde humana. Especialistas defendem a eliminação de plásticos de uso único para mitigar problemas.
75% foi o reajuste do camarão-cinza no atacado (Foto: iStock)
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Uma investigação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelou que 80% a 90% dos crustáceos do litoral de São Paulo estão contaminados com microplásticos. A pesquisa, parte do Programa Biota, começou em 2023 e focou em crustáceos da baixada santista e do litoral sul. Os resultados preliminares indicam que a contaminação é ampla, com a presença de microplásticos nos intestinos dos camarões analisados.
Daphine Herrera, pós-doutoranda do projeto, destacou que os camarões, por serem detritívoros, estão expostos a grandes quantidades de microplásticos nos sedimentos marinhos, o que facilita a análise de bioacumulação. A pesquisa também se estende a outros crustáceos, como siris e lagostas, e busca entender se a presença dessas partículas afeta a qualidade nutricional dos alimentos.
Embora existam poucas pesquisas sobre o impacto dos microplásticos na saúde humana, já foram detectados no cérebro e na corrente sanguínea de pessoas. A preocupação é que esses elementos possam absorver poluentes e aumentar os riscos de intoxicação. Além disso, plásticos biodegradáveis podem gerar mais microplásticos, complicando ainda mais a situação.
Pesquisas em andamento buscam mitigar o problema. Na Universidade Federal de São Carlos, um filtro veicular foi desenvolvido para barrar microplásticos do ar. Outras investigações na Universidade de São Paulo e no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais estão focadas na remoção desses elementos da água. Os especialistas concordam que a solução definitiva passa pela eliminação dos plásticos, especialmente os de uso único, como sacolas e embalagens descartáveis.
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