13 de mar 2025
Estudo revela a idade crítica para prevenir o declínio cognitivo e manter a saúde cerebral
Estudo da PNAS revela que declínio cognitivo inicia aos 44 anos e acelera aos 67. Pesquisadores analisaram dados de mais de 19.300 indivíduos para entender a degradação cerebral. Identificada janela crítica na meia idade para intervenções que preservem a saúde cerebral. Cetonas podem ser um combustível alternativo para proteger a função cognitiva. Resistência à insulina é um fator chave no envelhecimento cerebral, afetando a cognição.
Atividades que desafiem o cérebro, como palavras-cruzadas, jogos de tabuleiro e sudoku, podem proteger contra o declínio cognitivo. (Foto: Carol Yepes/GettyImages)
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Uma nova pesquisa publicada na revista PNAS destaca a importância de intervenções para prevenir o declínio cognitivo, revelando que a idade crítica para atenção a esses cuidados é em torno dos 44 anos. O estudo, que analisou a comunicação funcional entre regiões cerebrais de mais de 19.300 indivíduos, mostra que as redes cerebrais se degradam de forma não linear, com um pico de aceleração da degeneração aos 67 anos e estabilização por volta dos 90 anos. A autora principal, Lilianne R. Mujica-Parodi, enfatiza que essa janela de meia-idade é crucial para intervenções, pois os neurônios começam a enfrentar estresse metabólico.
Os pesquisadores identificaram a resistência neuronal à insulina como um fator principal no envelhecimento cerebral. Ao comparar biomarcadores, notaram que as mudanças metabólicas, como a resistência à insulina, ocorrem antes das alterações vasculares e inflamatórias. Além disso, a análise genética destacou o transportador de glicose GLUT4 e a proteína APOE, associada ao Alzheimer, como relevantes nesse processo. Por outro lado, o transportador de cetonas MCT2 pode proteger a cognição, sugerindo que aumentar a utilização de cetonas como combustível cerebral pode ser benéfico.
Um estudo subsequente comparou a administração de glicose e cetonas em 101 participantes em diferentes estágios de envelhecimento. Os resultados mostraram que as cetonas estabilizaram as redes cerebrais, enquanto a glicose não teve o mesmo efeito. Os benefícios das cetonas foram mais evidentes em adultos de meia-idade, mas diminuíram em indivíduos mais velhos, onde a desestabilização das redes cerebrais já estava avançada.
Essas descobertas podem revolucionar as estratégias para prevenir o declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, ao oferecer novas abordagens para o cuidado da saúde cerebral.
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