21 de mar 2025
Tempo de espera para consultas ortopédicas varia até 168 dias entre regiões do Brasil
Fila de espera para consultas no SUS atinge recorde de 57 dias. Ministério da Saúde intensifica esforços para reduzir atrasos em atendimentos.
Paciente espera em frente ao SUS (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)
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A diferença no tempo médio de espera para consultas ortopédicas no Brasil pode variar em até 168 dias, dependendo da região. Dados do Sistema de Regulação (Sisreg) do Ministério da Saúde, que é alimentado por estados e municípios, revelam que em Roraima, a média de espera em 2024 foi de 17 dias, enquanto no Distrito Federal, esse tempo chegou a 185 dias. Desde o fim da pandemia de Covid-19, o tempo médio para consultas e cirurgias no SUS tem se mantido em níveis recordes, com uma média de 57 dias para consultas em 2024.
Além disso, o tempo médio para a realização de um exame de radiografia do joelho em uma região de Santa Catarina foi de 97 dias no ano passado. Considerando o tempo total de espera, um paciente que precisa passar por uma consulta com ortopedista, realizar esse exame e depois fazer uma cirurgia ortopédica enfrentaria uma espera total de 339 dias. Atualmente, há 6,9 milhões de solicitações na fila de exames do Sisreg, sendo que 1,3 milhão são pedidos de ultrassonografia, com a maior demanda sendo para ultrassonografia de articulação, com 270,6 mil pedidos.
O Ministério da Saúde, sob a liderança do novo ministro Alexandre Padilha, prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e cirurgias no SUS. O Programa Mais Acesso a Especialistas, lançado em abril do ano passado, visa acelerar o atendimento em áreas com alta demanda, como ortopedia e cardiologia. A pasta informou que, no ano passado, registrou um recorde histórico de 14 milhões de cirurgias eletivas, representando um aumento de 37% em relação a 2022.
Esses dados refletem a situação crítica do sistema de saúde pública no Brasil, onde a demanda por serviços médicos continua a crescer. A falta de informações completas, devido a alguns estados e municípios que não alimentam o Sisreg, pode dificultar uma visão mais precisa da realidade enfrentada pelos pacientes. A busca por soluções eficazes para reduzir as filas e melhorar o acesso à saúde permanece um desafio para o governo.
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