Saúde

EUA congelam financiamento do PEPFAR e ameaçam combate global ao HIV/AIDS

PEPFAR, vital no combate ao HIV/AIDS, enfrenta cortes drásticos após a dissolução da USAID, ameaçando milhões de vidas até 2030.

Um grupo apoiado pelos Estados Unidos que oferece suporte a pessoas com AIDS em Kampala agora enfrenta incertezas. (Foto: Hajarah Nalwadda/Getty)

Um grupo apoiado pelos Estados Unidos que oferece suporte a pessoas com AIDS em Kampala agora enfrenta incertezas. (Foto: Hajarah Nalwadda/Getty)

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O programa PEPFAR (Plano Emergencial do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS), criado em dois mil e três pelo ex-presidente George W. Bush, enfrenta uma grave crise. A recente dissolução da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o congelamento de fundos ameaçam a continuidade do programa, que financia 70% da resposta global ao HIV/AIDS. Sem esses recursos, estima-se que 26 milhões de novas infecções possam ocorrer até dois mil e trinta.

A USAID, que em dois mil e vinte e quatro distribuiu US$ 44 bilhões para projetos de recuperação e saúde, era a principal responsável pela implementação do PEPFAR. A interrupção de seus serviços já resultou no fechamento de mais de 50 organizações em dezesseis países, que não conseguem mais pagar seus funcionários. A situação é alarmante, pois mais de 20 milhões de pessoas com HIV/AIDS dependem do financiamento do PEPFAR para tratamento.

Impactos Diretos

A crise afeta diretamente a compra de medicamentos e a formação de profissionais de saúde. Em países como República Democrática do Congo, Haiti e Moçambique, mais da metade dos medicamentos antirretrovirais é adquirida com recursos do PEPFAR. O programa também fornece suporte a 13 milhões de órfãos e famílias afetadas pelo HIV, além de proteger mais de 10 milhões de meninas de abusos.

A interrupção do PEPFAR compromete não apenas o tratamento, mas também a pesquisa e o monitoramento da epidemia. A falta de dados precisos pode atrasar o desenvolvimento de novas terapias e vacinas. A vice-diretora da UNAIDS, Angeli Achrekar, destacou que “estamos quase no fim da AIDS” e pediu para que os Estados Unidos não se afastem do compromisso de erradicar a doença.

Necessidade de Ação

A situação exige uma resposta urgente do governo dos Estados Unidos. A falta de clareza sobre o futuro do PEPFAR pode causar danos irreparáveis. Especialistas afirmam que a continuidade do programa é essencial para evitar que milhões de vidas sejam perdidas. O Instituto George W. Bush defende que o Congresso dos Estados Unidos deve autorizar o PEPFAR por mais cinco anos, permitindo que o programa finalize sua missão e fortaleça os sistemas de saúde locais.

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