03 de mai 2025
Cientistas desenvolvem antídoto inovador contra venenos de serpentes a partir de anticorpos humanos
Cientistas desenvolvem antídoto inovador contra venenos de serpentes, utilizando anticorpos de homem que se imunizou por anos.
Uma cobra real em posição de ataque (Foto: Dikky Oesin/Getty Images/iStockphoto)
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Cientistas desenvolvem novo antídoto contra venenos de serpentes
Um novo antídoto contra mordeduras de serpente foi desenvolvido por cientistas americanos, utilizando anticorpos de Tim Friede, um homem que se imunizou contra venenos de serpentes. O estudo, publicado na revista Cell, mostra que o antiveneno é eficaz em ratos contra dezenove espécies venenosas, incluindo cobras e mambas.
As mordeduras de serpente causam entre 81 mil e 138 mil mortes anuais em todo o mundo, principalmente em áreas rurais. O antídoto tradicional, baseado em soro de animais, não mudou significativamente desde o século XIX. O novo antiveneno combina dois anticorpos de Friede com um inibidor de moléculas pequenas, o que pode levar a um antídoto universal.
Tim Friede, um ex-mecânico de Wisconsin, dedicou dezoito anos de sua vida a se imunizar contra venenos, recebendo mais de duzentas mordidas e setecentas doses de veneno. Sua experiência gerou anticorpos que foram isolados e testados em ratos, mostrando proteção contra várias toxinas.
O projeto foi liderado por Jacob Glanville, CEO da Centivax, e contou com a colaboração de Peter Kwong, professor da Universidade de Columbia. Os pesquisadores destacam que o novo antídoto pode ser administrado por via intramuscular, facilitando seu uso em áreas rurais, onde as mordeduras são mais comuns.
Embora o estudo apresente avanços, os cientistas alertam que a experiência de Friede não deve ser replicada. O antídoto ainda precisa ser testado em humanos e em ambientes reais, como clínicas veterinárias na Austrália, onde cães são frequentemente mordidos por serpentes venenosas. O sucesso desse antídoto pode reduzir significativamente as mortes causadas por envenenamento.
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