Saúde

Operadoras de saúde veem plano da ANS como chance de ampliar cobertura no setor

ANS propõe plano de saúde simplificado, mas especialistas alertam para riscos ao SUS e à qualidade do atendimento. Debate acirrado se aproxima.

A proposta da ANS tem cobertura apenas de consultas e exames. Internações ficariam a cargo do SUS (Sistema Único de Saúde). (Foto: Marcos Santos/USP)

A proposta da ANS tem cobertura apenas de consultas e exames. Internações ficariam a cargo do SUS (Sistema Único de Saúde). (Foto: Marcos Santos/USP)

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Operadoras de planos de saúde veem com otimismo a proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de criar um plano simplificado que cubra apenas consultas e exames. O objetivo é aumentar o número de usuários no setor, atualmente com 52,1 milhões de brasileiros, um crescimento modesto em relação a uma década atrás.

O modelo, que foi apresentado em fevereiro, não incluirá cobertura para emergências, internações ou tratamentos complexos. Assim, usuários diagnosticados com doenças graves dependerão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para as operadoras, essa mudança representa uma chance de competir com cartões de benefícios que oferecem serviços de saúde, geralmente sem regulação.

Gustavo Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), defende que a proposta pode trazer mais segurança ao usuário. Ele sugere que é essencial integrar o novo plano com o Ministério da Saúde para facilitar a transição dos usuários para o SUS quando necessário. A ANS também busca regulamentar o setor, oferecendo uma alternativa aos 50 milhões de brasileiros que utilizam cartões de desconto.

Preocupações com a Proposta

Entretanto, a proposta gera preocupações entre especialistas e órgãos reguladores. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à ANS novos estudos e a inclusão de representantes do Ministério da Saúde nas discussões. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) já entrou com uma ação civil pública para suspender a proposta.

Rudi Rocha, diretor de Pesquisa do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), alerta sobre os riscos que os planos simplificados podem trazer. Ele questiona o que ocorrerá com usuários que precisarem de atendimentos mais complexos no SUS, já que não há cobertura para procedimentos como biópsias. Rocha destaca que isso pode atrasar diagnósticos e tratamentos, prejudicando o acesso ao SUS.

A proposta da ANS ainda está em discussão, e a necessidade de uma estrutura adequada para garantir a equidade no atendimento é um ponto central nas preocupações levantadas por especialistas.

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