Brasil tem 57 mil mortes por ano associadas ao consumo de ultraprocessados, segundo dados divulgados no periódico American Journal of Preventive Medicine (2019). (Foto: Freepik)

Brasil tem 57 mil mortes por ano associadas ao consumo de ultraprocessados, segundo dados divulgados no periódico American Journal of Preventive Medicine (2019). (Foto: Freepik)

Ouvir a notícia

Alto consumo de alimentos ultraprocessados pode dobrar risco de Parkinson, aponta estudo - Alto consumo de alimentos ultraprocessados pode dobrar risco de Parkinson, aponta estudo

0:000:00

Consumir cerca de doze porções diárias de alimentos ultraprocessados pode mais que dobrar o risco de desenvolver sinais precoces da doença de Parkinson, segundo um novo estudo publicado na revista Neurology. O estudo, que analisou dados de quase 43 mil participantes dos Estados Unidos, sugere uma ligação entre a dieta e a saúde cerebral.

Os pesquisadores definiram uma porção como 237 ml de refrigerante, um cachorro-quente ou uma fatia de bolo industrializado. O autor sênior, Xiang Gao, professor do Instituto de Nutrição da Universidade Fudan, destacou que o consumo excessivo de alimentos processados, como refrigerantes e lanches embalados, pode acelerar os sinais iniciais da doença. Embora o estudo não tenha encontrado um aumento direto no risco de Parkinson, ele observou que os participantes que consumiam mais ultraprocessados relataram mais sintomas precoces.

Sinais Precoces e Metodologia

Os sinais precoces da doença incluem dores no corpo, constipação e alterações na capacidade de sentir cheiros. O estudo não acompanhou se os participantes foram diagnosticados com Parkinson posteriormente, mas a presença de mais sintomas sugere um risco maior ao longo do tempo. A pesquisa analisou dados de saúde e dieta coletados ao longo de até 26 anos, com a média de idade dos participantes sendo 48 anos.

Os alimentos ultraprocessados avaliados incluíram bebidas açucaradas, condimentos e lanches embalados. A pesquisa encontrou uma associação entre esses alimentos e sinais precoces da doença, exceto para pães e cereais. Os pesquisadores sugerem que a baixa quantidade de fibras e nutrientes nesses produtos, além de aditivos que podem aumentar a inflamação, pode ser um fator contribuinte.

Implicações para a Saúde

O estudo reforça a ideia de que a prevenção de doenças neurodegenerativas pode começar na alimentação. Os autores do editorial correspondente enfatizam que o consumo excessivo de ultraprocessados não é apenas um fator de risco para doenças metabólicas, mas também pode acelerar processos neurodegenerativos. A pesquisa destaca a importância de uma dieta saudável e da atividade física para retardar a progressão da doença.

Os pesquisadores continuam a investigar como a dieta pode influenciar o desenvolvimento da doença de Parkinson, buscando entender melhor a relação entre alimentos ultraprocessados e a saúde cerebral.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela