12 de mai 2025
Fiscalização do fumo em ambientes fechados reduz em 18% o tabagismo entre jovens adultos
Estudo revela que fiscalização da proibição do fumo em ambientes fechados reduziu em 18% o tabagismo entre jovens, economizando R$ 490 milhões.
Mão com cigarro entre os dedos (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)
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Um estudo recente revela que a fiscalização da proibição do fumo em ambientes fechados no Brasil resultou em uma redução de 18% no número de jovens fumantes entre 2009 e 2013. A pesquisa, conduzida pelas economistas Camila Steffens e Paula Pereda, foi publicada na revista Journal of Development Economics.
As autoras destacam que a efetividade da lei depende da fiscalização rigorosa. Em cidades onde a proibição foi monitorada, houve uma economia de cerca de R$ 490 milhões anuais em gastos com saúde. Em contrapartida, em locais onde a fiscalização foi ausente, não se observaram impactos significativos.
Steffens afirma que a pesquisa utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2005 e 2013. A análise mostra que a queda de 18% na prevalência de fumantes jovens representou aproximadamente 147 mil pessoas a menos fumando em 2013. Além disso, a proibição também ajudou a evitar que novos fumantes iniciassem o hábito.
Impacto da Fiscalização
O estudo sugere que, se a fiscalização tivesse sido implementada em todo o país, o número de jovens fumantes poderia ter sido ainda maior, com uma estimativa de 720 mil jovens a menos fumando em 2013. A pesquisa também indica que a lei antifumo pode ter efeitos de longo prazo, incentivando adultos a deixarem de fumar.
Steffens alerta que algumas políticas antitabagismo, como o aumento de impostos sobre o cigarro, podem ser menos eficazes, especialmente em países em desenvolvimento. O estudo conclui que a fiscalização efetiva é crucial para o sucesso de políticas de controle do tabagismo.
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