20 de mai 2025
Câncer de intestino cresce entre jovens; hábitos de vida são fatores decisivos
Câncer colorretal avança entre jovens; dieta ocidentalizada e sedentarismo são fatores de risco. Rastreio deve começar aos 45 anos.
Diagnóstico de câncer de intestino está cada vez mais comum entre pessoas jovens (Foto: Sebastian Kaulitzki/Adobe Stock)
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O câncer colorretal, tradicionalmente mais comum em pessoas acima de 50 anos, está se tornando frequente em jovens com menos de 45 anos. Estudos recentes indicam que fatores como dieta ocidentalizada e sedentarismo estão associados a essa mudança de perfil.
Pesquisas nacionais e internacionais revelam que apenas 15% a 20% dos pacientes jovens têm alterações genéticas ligadas ao câncer colorretal. Desses, cerca de um terço possui histórico familiar da doença. A maioria dos casos nessa faixa etária parece ser esporádica, sem relação direta com hereditariedade.
A adoção de uma dieta rica em carne vermelha, embutidos e alimentos processados, como observado na Coreia do Sul, está ligada ao aumento da incidência da doença. Além da alimentação, fatores como sedentarismo, obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo também são investigados como potenciais desencadeadores.
Fatores de Risco e Prevenção
O médico Pedro Uson, membro do Instituto Vencer o Câncer, destaca que a prática regular de atividade física e o consumo de alimentos ricos em fibras são essenciais para um intestino saudável. A colonoscopia é o exame principal para detecção precoce, e recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 45 anos, especialmente para grupos de risco.
Sinais de alerta, como anemia sem causa aparente e sangramento retal, devem ser investigados rapidamente. Estudos mostram que, em jovens, os tumores colorretais tendem a se localizar no reto e na parte distal do intestino, apresentando características atípicas.
O câncer colorretal é o segundo tipo mais comum no Brasil, com estimativa de 45 mil novos casos até 2025. O aumento da incidência em jovens reforça a necessidade de campanhas de conscientização e revisão das diretrizes de rastreamento. A adoção de um estilo de vida saudável e a realização de exames são fundamentais para um diagnóstico precoce e melhores resultados no tratamento.
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