Saúde

Corte de verbas ameaça carreira de cientistas e gera fuga de talentos dos EUA

Corte de empregos na ciência nos EUA leva pesquisadores a buscar oportunidades no exterior, enquanto muitos reavaliam suas carreiras.

Demonstradores protestaram contra cortes em empregos e financiamento de ciência em Washington DC em março. (Foto: Tierney L. Cross/Bloomberg/Getty)

Demonstradores protestaram contra cortes em empregos e financiamento de ciência em Washington DC em março. (Foto: Tierney L. Cross/Bloomberg/Getty)

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Cortes em empregos e financiamento para a ciência nos Estados Unidos têm levado a um êxodo de cientistas. Desde a administração de Donald Trump, mais de 58 mil postos de trabalho foram eliminados em diversas agências federais, incluindo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Cientistas, como Lisa Neyman, que deixou seu cargo na Flórida, agora buscam novas oportunidades no exterior.

A situação se agrava com a redução de bolsas de pesquisa e demissões em instituições como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH). Universidades também enfrentam cortes, como a Columbia University, que demitiu cerca de 180 funcionários em maio devido à suspensão de financiamentos. A competição por vagas na academia e na indústria se intensifica, com muitos pesquisadores reavaliando suas carreiras.

Iniciativas na Europa e no Canadá estão atraindo talentos dos EUA. A Comissão Europeia anunciou um pacote de €500 milhões para 2025-2027, visando transformar a região em um polo para cientistas. Universidades, como a Aix-Marseille, estão criando programas para contratar pesquisadores afetados pelos cortes. A presidente do Conselho Europeu de Pesquisa, Maria Leptin, afirmou que a Europa pode ser um "refúgio" para esses profissionais.

Cientistas estão se adaptando a essa nova realidade. Muitos reescrevem seus currículos e buscam oportunidades em áreas diferentes. Cerca de 75% dos cientistas consultados consideram deixar o país. A pressão do mercado de trabalho é intensa, com um aumento no número de candidatos por vaga. Pesquisadores que não podem se mudar estão explorando alternativas, como a educação, para não perderem suas habilidades.

A situação atual representa uma perda significativa de expertise em áreas críticas, como mudanças climáticas e saúde pública. A incerteza econômica e os cortes de financiamento estão moldando um cenário desolador para a ciência nos Estados Unidos, levando muitos a buscar novos horizontes.

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