21 de mai 2025
Cresce o câncer colorretal entre jovens e dieta pode ser um fator determinante
Cresce o câncer colorretal em jovens, ligado à toxina colibactina e dietas pobres em fibras na infância. Mudanças na alimentação são urgentes.
O câncer colorretal afeta o intestino grosso, o reto — a parte final do órgão — e o ânus (Foto: LIGHTFIELD STUDIOS/Adobe Stock)
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As taxas de câncer colorretal estão aumentando entre jovens, especialmente nos Estados Unidos e Brasil. Enquanto a incidência entre adultos acima de 50 anos tem diminuído, os casos entre pessoas com menos de 40 anos crescem rapidamente. Esse fenômeno intrigou especialistas, que buscam entender suas causas.
Estudos recentes apontam a toxina colibactina como um fator relevante. Essa substância, produzida por cepas de E. coli, é conhecida por causar mutações no DNA, potencialmente levando ao câncer colorretal. Pesquisadores descobriram que jovens com câncer colorretal apresentam mutações ligadas à colibactina em seus tumores com uma probabilidade 3,3 vezes maior do que adultos mais velhos.
A relação entre a dieta e o câncer colorretal também é significativa. Uma dieta pobre em fibras na infância pode acelerar o desenvolvimento da doença. Pesquisas mostram que camundongos alimentados com pouca fibra apresentaram maior colonização por bactérias produtoras de colibactina e inflamação crônica, fatores que favorecem o surgimento de tumores.
Importância da Dieta
A ingestão de fibras é crucial na prevenção do câncer colorretal. Para cada 10 gramas de fibra consumidas diariamente, o risco de câncer colorretal diminui em 10%. Isso sugere que hábitos alimentares estabelecidos na infância podem ter um impacto duradouro na saúde intestinal.
Além disso, fatores como o tipo de parto e a exposição a produtos químicos também podem influenciar o risco de câncer. Estudos indicam que meninas nascidas por cesárea têm maior probabilidade de desenvolver a doença antes dos 50 anos. A pesquisa continua a investigar como esses fatores interagem ao longo da vida.
Prevenção e Triagem
A triagem regular, como a colonoscopia, é essencial para a detecção precoce do câncer colorretal. Menos de 20% das pessoas entre 45 e 49 anos estão em dia com os exames. O sintoma mais comum entre os jovens é o sangramento retal, que deve ser avaliado por um médico.
A conscientização sobre a saúde intestinal e a adoção de uma dieta rica em fibras são medidas recomendadas para reduzir o risco de câncer colorretal. A mudança nos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos podem ter um impacto significativo na prevenção da doença.
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