23 de mai 2025

Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, com maior taxa no Nordeste
Censo 2022 revela que 14,4 milhões de brasileiros têm deficiência, com maior incidência no Nordeste. Dados destacam urgência em políticas de inclusão.
Foto:Reprodução
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O Censo Demográfico de 2022 revelou que 14,4 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais, que totaliza 198,3 milhões. Os dados foram divulgados pelo IBGE em 23 de setembro e mostram que a maior incidência ocorre no Nordeste, onde 8,6% da população apresenta deficiências.
Entre as deficiências, a dificuldade de enxergar é a mais comum, afetando 7,9 milhões de pessoas. O número de mulheres com deficiência (8,3 milhões) supera o de homens (6,1 milhões). O IBGE destaca que os dados de 2022 não são comparáveis aos de 2010 devido a mudanças nos questionários e metodologias, seguindo recomendações do Grupo de Washington.
Diferenças Regionais
O Nordeste se destaca com percentuais elevados, como em Alagoas (9,6%) e Piauí (9,3%). Por outro lado, Roraima (5,6%) e Mato Grosso (5,7%) apresentaram os menores índices. O município de Malhada dos Bois, em Sergipe, tem a maior proporção, com 18,1% da população com deficiência. Já Tigrinhos, em Santa Catarina, registrou apenas 1,2%.
A analista do IBGE, Luciana Alves dos Santos, aponta que a maior incidência no Nordeste pode estar relacionada a gargalos socioeconômicos. A falta de acesso a tratamentos de saúde pode agravar condições que levam a deficiências.
Impacto da Idade
Os dados também mostram uma relação clara entre envelhecimento e deficiência. Apenas 2,2% da população de 2 a 14 anos apresenta alguma limitação, enquanto esse número sobe para 27,5% entre os idosos de 70 anos ou mais. Luciana Trindade, consultora de inclusão, ressalta a necessidade de políticas públicas focadas em acessibilidade, uma demanda ainda não atendida adequadamente.
Além disso, 16% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um morador com deficiência. O Censo identificou que 2% da população de dois anos ou mais enfrenta duas ou mais dificuldades funcionais. Esses dados ressaltam a importância de um olhar atento e ações efetivas para a inclusão e acessibilidade no Brasil.
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