Saúde

Cientistas revelam como a peste bubônica se adaptou e persistiu por séculos

Pesquisadores revelam mutação na Yersinia pestis que torna a peste menos letal e mais transmissível, explicando sua persistência histórica.

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Pesquisadores descobriram que uma mutação em um gene da bactéria Yersinia pestis, causadora da Peste Negra, permitiu que a doença se tornasse menos letal e mais transmissível. O estudo, publicado na revista Science, revela como a bactéria se adaptou ao longo dos séculos, ajudando a explicar sua persistência entre os humanos.

A Peste Negra, que devastou a Europa entre mil trezentos e quarenta e sete e mil trezentos e cinquenta e dois, matou cerca de 30% a 50% da população europeia. Apesar de suas fases mais mortais parecerem superadas, a Y. pestis ainda causa casos esporádicos em várias regiões, incluindo partes da Ásia, América do Sul e Estados Unidos. A pesquisa analisou amostras antigas e modernas da bactéria, revelando que uma alteração em um gene chamado pla resultou em cepas menos mortais.

Os cientistas coletaram amostras de restos humanos datados de aproximadamente mil quinhentos anos após as primeiras pandemias de peste. A análise mostrou que as cepas mais antigas apresentavam menos cópias do gene pla, que está associado à gravidade da doença. Testes em camundongos indicaram que a sobrevivência aumentou em até 20% em cepas com menos pla, que também levaram mais tempo para causar a morte.

Estudos matemáticos sugerem que a adaptação da Y. pestis levou a um fenômeno conhecido como "queima epidêmica", onde a pressão seletiva favoreceu cepas menos letais. Isso permitiu que a bactéria se espalhasse mais efetivamente entre os hospedeiros. A pesquisa destaca a importância de entender a evolução da Y. pestis para gerenciar surtos modernos, especialmente em áreas onde a doença ainda é endêmica.

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