Saúde

Baía de Todos-os-Santos enfrenta ameaça de 36 espécies exóticas invasoras

Baía de Todos os Santos enfrenta grave ameaça de espécies invasoras. Pesquisadores alertam para riscos à pesca artesanal e ecossistemas locais.

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A Baía de Todos-os-Santos, a maior do Brasil, enfrenta a ameaça de trinta e seis espécies exóticas invasoras que comprometem o equilíbrio ambiental e a pesca artesanal. Pesquisadores identificaram quatro espécies mais preocupantes: coral-sol, coral-mole, siri-bidu e peixe-leão. A Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) está elaborando protocolos de monitoramento e resposta à bioinvasão, com apoio da comunidade pesqueira.

A Baía de Todos-os-Santos possui 1.180 km de praias e uma área de 1.233 quilômetros quadrados, abrangendo dezesseis municípios, incluindo Salvador. Uma força-tarefa, composta por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Sema e a ONG Promar, monitora as espécies invasoras. Segundo especialistas, a introdução dessas espécies ocorre principalmente de forma acidental, embora algumas, como os corais, tenham sido introduzidas intencionalmente por aquaristas.

O coral-sol (Tubastraea spp.) e o coral-mole (Chromonephthea braziliensis) são as espécies que mais afetam os ecossistemas locais. O coral-sol, originário do Indo-Pacífico, é considerado uma das piores espécies invasoras marinhas no Brasil. O coral-mole, identificado na Ilha de Itaparica, também apresenta crescimento agressivo, formando um tapete espesso em poucos meses.

Impactos na Pesca

O siri-bidu (Charybdis hellerii), um crustáceo originário da costa atlântica norte-americana, já ocupa amplamente a Baía. Ele é capturado pela comunidade pesqueira, embora seja classificado como invasor. O professor José Amorim Reis Filho, da Ufba, destaca que metade da produção pesqueira da região está associada ao siri-bidu.

O peixe-leão (Pterois volitans), com espinhos venenosos, também foi registrado na Baía. Até o momento, foram notificados cinco indivíduos em idade adulta e reprodutiva. A Sema está desenvolvendo protocolos de alerta e resposta rápida para lidar com essa espécie, que é considerada uma ameaça recente.

A Sema, em colaboração com a comunidade pesqueira, busca estruturar um plano de resposta à bioinvasão. As orientações incluem a necessidade de protocolar pedidos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a remoção de espécies invasoras, garantindo que as ações não causem impactos ambientais adicionais.

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