Saúde

Espanha cria primeiro centro especializado em saúde para pessoas trans

Ministério da Saúde propõe centro de referência para saúde de pessoas trans, visando atender demandas complexas e cirurgias especializadas.

Marcha com a bandeira trans em Mallorca, no dia 28 de junho. (Foto: Clara Margais (dpa/picture alliance/Getty Images))

Marcha com a bandeira trans em Mallorca, no dia 28 de junho. (Foto: Clara Margais (dpa/picture alliance/Getty Images))

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O Ministério da Saúde propôs a criação do primeiro centro de referência nacional para a saúde de pessoas trans e com diversidade de gênero. A votação ocorrerá nesta sexta-feira no Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS). As comunidades autônomas deverão indicar os hospitais que desejam ser acreditados para oferecer atendimento especializado.

A proposta visa estabelecer Centros, Serviços e Unidades de Referência (CSUR) que atendam a patologias específicas. O texto enviado pelo ministério destaca a necessidade de uma resposta integral e respeitosa às demandas de um grupo vulnerável. O novo CSUR representará um avanço na saúde das pessoas trans, que já contam com unidades especializadas em algumas regiões, como Madrid, Catalunha e Andaluzia.

Embora não existam dados precisos sobre a demanda, o ministério reconhece um aumento nas necessidades de saúde dessa população. Estudos indicam que pessoas trans têm 16 vezes mais chances de sofrer de depressão e 11 vezes mais de desenvolver ansiedade. Além disso, cerca de 50% dos transexuais evitam consultas médicas por medo de discriminação.

O centro proposto não se destina a atender problemas cotidianos, mas a oferecer cuidados especializados, especialmente em cirurgias complexas. O CSUR também poderá realizar avaliações e acompanhamento de pessoas trans que necessitem de assistência durante o processo de transição.

Diretrizes e Expectativas

Os centros devem seguir diretrizes que garantam não patologização e respeito à autodeterminação de gênero. A proposta inclui a possibilidade de explorar abordagens psicoeducativas e garantir atendimento de qualidade, realizado por profissionais capacitados.

A vocal de feminismo do Coletivo LGTBIQ+ de Madrid, Alesya Beneroso, acredita que a criação desses centros pode ser positiva, desde que complementem os serviços existentes. Ela ressalta que a hormonização, por exemplo, poderia ser realizada por endocrinologistas, evitando atrasos no tratamento.

Além do CSUR para pessoas trans, o ministério também está criando centros especializados para outras patologias complexas, como câncer de tireoide e doenças pulmonares. A reunião do CISNS também abordará a nova lei do medicamento e a inclusão de novas áreas de triagem genética no Sistema Nacional de Saúde.

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