Saúde

Trans idosos relatam sobrevivência e resistência à violência ao longo da vida

Yolanda Torres mobiliza coletivo para garantir direitos básicos a pessoas trans idosas na Colômbia e promove marcha em Bogotá.

Yolanda Torres, mulher trans de terceira idade, em Bogotá. (Foto: NATHALIA ANGARITA)

Yolanda Torres, mulher trans de terceira idade, em Bogotá. (Foto: NATHALIA ANGARITA)

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Yolanda Torres, uma mulher trans de 61 anos, está mobilizando um coletivo para apoiar pessoas trans idosas na Colômbia. O objetivo é garantir direitos básicos como saúde, moradia e trabalho, além de promover uma marcha em Bogotá para reivindicar essas garantias.

A expectativa de vida da população trans na Colômbia é alarmantemente baixa, com média de apenas 35 anos. Essa realidade é ainda mais severa para as pessoas trans adultas maiores. Yolanda, que se identifica como uma trans adulta, é uma das poucas que superaram essa barreira etária, tornando-se um símbolo de resistência em um contexto marcado por violência e discriminação. Em 2024, foram registrados 34 transfeminicídios, e até agora, 12 assassinatos de mulheres trans ocorreram neste ano.

O coletivo que Yolanda está formando busca unir homens e mulheres trans para que possam exigir do governo direitos fundamentais. Ela destaca a necessidade de três pilares: vivienda, acesso à saúde e trabalho. "Meu sonho é que cresça tanto que possa se tornar uma fundação e fazer incidência junto ao governo", afirma.

Marcha pela Visibilidade

Neste sábado, diversas organizações sociais se uniram para realizar uma marcha em Bogotá, sob o lema "A velhice trans é sagrada". O evento visa chamar a atenção para a situação precária das pessoas trans idosas, que enfrentam não apenas a violência, mas também a pobreza extrema e a falta de acesso a direitos básicos.

Yolanda compartilha que muitos adultos trans mais velhos vivem em condições de vulnerabilidade, frequentemente em áreas como o bairro Santa Fe, onde o trabalho sexual é uma das poucas opções disponíveis. Ela ressalta que, apesar das dificuldades, algumas pessoas conseguiram conquistar seus direitos e se tornaram exemplos de superação, como Brigitte Baptiste, reitora da Universidade EAN.

Desafios e Esperanças

A luta de Yolanda e de seu coletivo é também uma resposta à falta de políticas públicas que atendam às necessidades da população trans. Caribe Afirmativo, uma organização que defende os direitos da diversidade, aponta que não há estudos nacionais que abordem as condições de vida dessa população.

Yolanda planeja oferecer capacitação sobre direitos e políticas públicas para que as pessoas trans adultas possam reivindicar seus direitos. Ela acredita que a aprovação da Lei Integral Trans pode ser um passo crucial para melhorar a vida dessa comunidade. "Queremos garantir acesso a uma casa, um trabalho e um médico", conclui.

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