28 de jan 2025
Países mais felizes podem aumentar a pressão social e afetar o bem-estar individual
Pesquisa revela que pressão social para ser feliz afeta bem estar negativo. Países felizes, como a Dinamarca, intensificam a pressão sobre indivíduos. Estudo analisou 7.443 pessoas de 40 países sobre saúde mental e felicidade. Relação entre felicidade nacional e saúde mental varia conforme o país. Sugestão de repensar como medimos o bem estar nacional e suas nuances.
Cidadãos desses países podem se sentir forçados a performar uma felicidade que não sentem. (Foto: Freepik)
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Recentemente, a medição da felicidade nacional ganhou destaque, com países como a Dinamarca frequentemente liderando os rankings. O conceito dinamarquês de "hygge", que enfatiza conforto e bem-estar, se popularizou globalmente. Contudo, viver em nações com altos índices de felicidade pode não ser tão simples. Uma nova pesquisa publicada na Scientific Reports revela que, em países felizes, a pressão social para ser feliz pode resultar em bem-estar negativo para alguns indivíduos.
O estudo, que envolveu 7.443 pessoas de 40 países, analisou a relação entre a pressão social para sentir emoções positivas e a saúde mental. Os resultados mostraram que, globalmente, a pressão para ser feliz está associada a menor satisfação com a vida e a níveis elevados de depressão, ansiedade e estresse. A pesquisa também destacou que essa relação é mais intensa em países que ocupam posições mais altas no World Happiness Index, como a Dinamarca.
Os pesquisadores descobriram que, em ambientes onde a felicidade é a norma, a pressão para se conformar pode ser ainda mais intensa. Isso ocorre porque os sinais de felicidade, como interações sociais e atividades prazerosas, são mais evidentes em países felizes, aumentando a expectativa social de que todos devem se sentir bem. Assim, aqueles que lutam para manter a positividade podem enfrentar um agravamento de seu bem-estar emocional.
A pesquisa sugere que, embora a expressão de felicidade seja benéfica, é crucial considerar como isso pode impactar os outros. Além disso, os autores propõem uma reavaliação de como o bem-estar nacional é medido, sugerindo que a segurança e a abertura para experiências humanas diversas devem ser levadas em conta, em vez de focar apenas nas emoções positivas.
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