27 de mar 2025
Jovens enfrentam crescente infelicidade global devido a crises sociais e políticas
Brasil avança no ranking de felicidade, enquanto jovens americanos enfrentam crescente insatisfação por guerras e desemprego.
A juventude costumava ser considerada uma das fases mais felizes da vida, mas isso está mudando (Foto: IMAGO/imagebroker)
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Os jovens estão cada vez mais insatisfeitos com a realidade atual, marcada por guerras, polarização política, solidão e desemprego. O Brasil avançou no World Happiness Report, subindo da 44ª para a 36ª posição entre 2024 e 2025. Em contraste, os Estados Unidos caíram para a 24ª posição, sua pior classificação histórica, refletindo a crescente infelicidade entre os jovens, que não alcançariam nem o top 60 se considerados isoladamente.
Joana Meurkens, uma atriz e cantora de 26 anos de Nova York, exemplifica essa insatisfação. Com o aumento do aluguel e dificuldades no mercado de trabalho, ela se vê forçada a viver entre a casa dos pais e a do namorado. O relatório destaca que a fase inicial da vida adulta, antes considerada uma das mais felizes, agora apresenta uma "virada preocupante", com jovens da Europa Ocidental e América do Norte relatando a menor sensação de bem-estar.
A solidão é um fator crucial para essa infelicidade crescente. O pesquisador Jan-Emmanuel De Neve, da Universidade de Oxford, aponta que a falta de conexões sociais está ligada à polarização política e ao comportamento eleitoral. Ele observa que modos de vida comunitários, como compartilhar refeições, têm um impacto positivo no bem-estar. Joana, por exemplo, relata que muitos jovens em Nova York estão trocando festas por protestos, buscando um senso de comunidade em meio à crise.
Enquanto isso, na Finlândia, que ocupa a primeira posição em felicidade, a recepcionista Lisa, de 33 anos, expressa surpresa com a classificação, considerando o clima e o custo de vida. A guerra na Ucrânia também gera preocupações, mas a discussão sobre isso é evitada. A Finlândia, com lares menores e maior confiança social, contrasta com os Estados Unidos, onde a ansiedade é comum devido à vinculação do seguro de saúde ao emprego. O relatório sugere que a felicidade deve ser central nas políticas públicas, aprendendo com países que apresentam melhores índices de bem-estar.
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