25 de abr 2025
Álcool acelera envelhecimento cerebral em jovens, revela estudo da Carolina do Norte
Consumo excessivo de álcool pode acelerar o envelhecimento cerebral em jovens adultos, revelam novas pesquisas. Estudo aponta riscos à saúde mental e comportamental.
O consumo abusivo de álcool pode levar a sintomas de desnutrição, depressão, obesidade, sono ruim e mais índices de comorbidades (Foto: Catarina Pignato/Folhapress)
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O consumo de álcool pode acelerar o envelhecimento cerebral em jovens adultos, com efeitos visíveis entre 20 e 30 anos, segundo um estudo publicado na revista Alcohol: Clinical & Experimental Research. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, utilizou aprendizado de máquina para investigar a relação entre o uso de álcool e a inflexibilidade comportamental.
Os pesquisadores analisaram cinquenta e oito pessoas com idades entre 22 e 40 anos, muitas das quais começaram a beber na adolescência. As ressonâncias magnéticas foram utilizadas para estimar a idade cerebral dos participantes, que relataram seu consumo de álcool por meio do teste AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test). O estudo revelou que quanto maior o consumo de álcool, mais envelhecido era o cérebro.
Além das deficiências cognitivas e comportamentais já conhecidas, o estudo demonstrou que o álcool está associado à dificuldade de adaptação a mudanças. O neurologista Raphael Ribeiro Spera, do Hospital Sírio-Libanês, destacou que o álcool pode causar alterações no cerebelo, afetando a coordenação motora e a fala.
Limitações da Pesquisa
Embora o estudo tenha encontrado uma relação entre o consumo de álcool e o envelhecimento cerebral, não foi possível estabelecer uma relação de causa e efeito. Ribeiro Spera ressaltou que o estilo de vida dos participantes, que pode influenciar o envelhecimento cerebral, não foi considerado na análise. O consumo excessivo de álcool também está ligado a problemas como desnutrição, depressão e obesidade, que são fatores de risco para demência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que não existe um nível seguro de consumo de álcool. Mesmo pequenas quantidades podem estar associadas a doenças graves, como problemas hepáticos e câncer. O neurologista recomenda que a menor dose de álcool possível é a melhor opção para a saúde.
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