29 de abr 2025
Estudo revela que solteiros e divorciados têm menor risco de demência
Estudo da Universidade Estadual da Flórida revela que pessoas divorciadas e solteiras podem ter menor risco de demência, desafiando crenças anteriores.
Ser casado está associado a um maior risco de demência, aponta novo estudo (Foto: Adobe Stock)
Ouvir a notícia:
Estudo revela que solteiros e divorciados têm menor risco de demência
Ouvir a notícia
Estudo revela que solteiros e divorciados têm menor risco de demência - Estudo revela que solteiros e divorciados têm menor risco de demência
Um novo estudo da Universidade Estadual da Flórida revela que pessoas divorciadas e aquelas que nunca se casaram podem ter menor risco de desenvolver demência. Essa descoberta desafia a crença anterior de que o casamento é sempre benéfico para a saúde cerebral.
Pesquisadores analisaram dados de mais de 24 mil americanos sem demência no início do estudo, acompanhando-os por até dezoito anos. A pesquisa comparou as taxas de demência entre grupos conjugais: casados, divorciados, viúvos e nunca casados. Inicialmente, todos os grupos de solteiros apresentaram risco reduzido em comparação aos casados. Contudo, após considerar fatores como tabagismo e depressão, apenas os divorciados e os que nunca se casaram mostraram esse menor risco.
Diferenças nos Tipos de Demência
Os resultados também indicaram que não ser casado está associado a um risco menor de doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. No entanto, essa associação não se aplicou à demência vascular, uma forma menos comum da doença. Além disso, pessoas divorciadas ou que nunca se casaram apresentaram menor probabilidade de progressão de comprometimento cognitivo leve para demência.
Os pesquisadores sugerem que o diagnóstico precoce em casados pode distorcer a percepção sobre a prevalência da demência. Cônjuges costumam notar problemas de memória e buscar ajuda médica, o que pode levar a um viés de apuração nos dados. Apesar disso, a amostra do estudo, proveniente do National Alzheimer’s Coordinating Center (NACC), pode não ser representativa da população geral, apresentando baixa diversidade étnica e de renda.
Complexidade das Relações
As descobertas ressaltam a complexidade dos efeitos das relações conjugais na saúde cerebral. O status de relacionamento não é um fator de proteção estabelecido contra a demência, e a qualidade das relações pode ser mais relevante. O estudo sugere que o que realmente importa é o nível de apoio e conexão que as pessoas sentem em suas vidas, independentemente de serem casadas ou solteiras.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.