03 de mai 2025
Consumo excessivo de aves pode aumentar risco de morte e câncer, aponta estudo
Estudo recente revela que o consumo excessivo de aves pode aumentar em 27% o risco de mortalidade e 2,3% o de câncer gastrointestinal.
Um novo estudo sugere que o consumo excessivo de aves pode estar associado à mortalidade por todas as causas e a cânceres gastrointestinais. (Foto: Davide Illini/Stocksy United)
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Um novo estudo realizado na Itália sugere que o consumo excessivo de aves pode estar ligado a um aumento de 27% no risco de mortalidade e 2,3% no risco de câncer gastrointestinal. A pesquisa, que envolveu 4.869 indivíduos de meia-idade, foi publicada na revista Nutrients e desafia a visão tradicional de que a carne de frango e peru é uma fonte saudável de proteína.
Os participantes relataram seu consumo de carnes vermelhas e brancas. Aqueles que ingeriram mais de 300 gramas de aves por semana apresentaram um risco significativamente maior de morte em comparação com aqueles que consumiram até 100 gramas. Para os homens, o risco de câncer gastrointestinal aumentou para 2,6%.
Implicações do Estudo
Especialistas, como Nilesh L. Vora, médico do MemorialCare Todd Cancer Institute, afirmam que este estudo é provocador e sugere que o consumo de carne branca deve ser reavaliado como um possível fator de risco para câncer gastrointestinal. A pesquisa não considerou fatores como níveis de atividade física, que podem influenciar a mortalidade e o risco de câncer.
Anton Bilchik, cirurgião oncológico, expressou preocupação com os resultados, destacando que a dieta mediterrânea, que inclui aves, é geralmente considerada saudável. Ele enfatizou a necessidade de investigar mais a fundo os dados apresentados.
Fatores a Considerar
Os autores do estudo alertam que vários fatores não foram levados em conta, como a origem do frango consumido e os métodos de preparo. O uso de antibióticos e hormônios na criação de aves pode levantar preocupações sobre a saúde a longo prazo. Além disso, métodos de cozimento em alta temperatura podem liberar substâncias químicas prejudiciais.
Michelle Routhenstein, nutricionista, recomenda focar na qualidade geral da dieta e sugere que porções de até 200 gramas de aves não processadas por semana podem ser mais seguras. A pesquisa destaca a importância de uma análise mais detalhada sobre o consumo de aves e suas implicações para a saúde.
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