10 de mai 2025
Lúpus: doença autoimune afeta principalmente mulheres jovens e exige diagnóstico precoce
Conscientização sobre lúpus é essencial. Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem evitar sequelas irreversíveis.
O tratamento ouro para o lúpus é com a hidroxicloroquina, que ganhou destaque na imprensa durante a pandemia da Covid-19. (Foto: Unsplash)
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O Dia Mundial do Lúpus, celebrado em 10 de maio, busca aumentar a conscientização sobre essa doença autoimune que afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva. A reumatologista Nafice Costa Araújo, do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, destaca que o lúpus é dez vezes mais comum em mulheres do que em homens, especialmente entre 15 e 45 anos.
Os fatores que contribuem para essa discrepância incluem aspectos genéticos, ambientais e hormonais. Os altos níveis de estrógeno nas mulheres estimulam a produção de células imunes, resultando em inflamação e disfunção orgânica. Além disso, a exposição excessiva ao sol, infecções e estresse também podem ser gatilhos para a doença.
Os sintomas do lúpus são frequentemente inespecíficos, como febre baixa e dores articulares. A reumatologista Bruna Savioli, do Centro de Doenças Autoimunes da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, ressalta que quase 80% dos pacientes apresentam lesões cutâneas, especialmente em áreas expostas ao sol, como o rosto. O diagnóstico é feito principalmente pela dosagem do fator antinuclear (FAN), que indica a presença de autoanticorpos.
Tratamento e Cuidados
O tratamento do lúpus varia conforme o paciente, mas a hidroxicloroquina é amplamente recomendada desde o início do diagnóstico. Este medicamento ajuda a controlar as manifestações da doença e é seguro durante a gestação. A reumatologista Araújo enfatiza que o uso contínuo requer acompanhamento oftalmológico.
Além da medicação, é crucial que os pacientes adotem cuidados com a exposição solar, utilizando protetor solar regularmente. A atualização do calendário vacinal também é essencial, pois os pacientes com lúpus podem ser considerados imunossuprimidos. Savioli alerta que a falta de tratamento pode levar a sequelas irreversíveis, como a insuficiência renal, que pode exigir hemodiálise ou transplante.
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